O grande problema do agronegócio brasileiro é a logística, este é o principal fator que impede o crescimento e a competitividade do setor, de acordo com André Miotto, consultor de negócios e sócio-diretor da AMX Soluções em Gestão Integrada. O atraso tecnológico, operacional e o déficit do transporte ferroviário são os principais itens que agravam a situação, mas 2015 mostra novos rumos para a mudança deste cenário. Foram concluídos 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul e está prevista a continuação da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, totalizando 1.527 quilômetros. Também haverá o lançamento do edital da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, com 883 quilômetros de extensão. Além dessas ações, está sendo estudada a privatização de oito ferrovias.
O pulsante debate sobre os portos brasileiros, que acontece, nas últimas semanas, traz a opinião de Luiz Fernando Barbosa Santos, trabalhador portuário avulso conferente de carga e descarga, representante dos trabalhadores junto ao Conselho da Administração Portuária (CAP) do Espírito Santo e assessor da Intersindical da Orla Portuária capixaba, sobre o melhor modelo de dragagem aos portos brasileiros.
A Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega) realiza no próximo dia 27 de maio encontro nacional do setor, na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília (DF). A intenção do evento é propor um debate aprofundado com representantes do governo e entidades de classe sobre a retomada da navegação na hidrovia Tietê-Paraná, paralisada há mais de um ano. Na ocasião, será lançada a Frente Parlamentar em Defesa dos Portos, Hidrovias e Navegação do Brasil, que contará com a presença do deputado federal Marcos Rogério (PDT/RO), que irá presidir a frente, com participação de 210 parlamentares. O encontro conta com o apoio da CNT, da Câmara Interamericana de Transportes (CIT) e sindicatos filiados da categoria.
Em entrevista ao Portogente, a economista Ceci Juruá fala sobre a Ferrovia Transcontinental, anunciada pela presidenta Dilma Roussef, na última semana. Juruá avalia que o empreendimento irá ampliar o intercâmbio comercial entre o Brasil e as zonas de forte crescimento econômico localizadas na Ásia, que, além da China, incluem Japão, Índia e Coreia do Sul.
No dia 2 de abril de 2015 a Secretaria de Portos (SEP) abriu uma consulta pública para a Concessão dos Canais de Acesso dos portos organizados. Inicialmente a concessão irá abranger os portos de Santos, Rio Grande e Paranaguá, onde segundo a SEP os Portos apresentam a maior necessidade de intervenções constantes (elevado assoreamento), ver Tabela 1.