A Praticagem de São Paulo começou a se movimentar logo após o início do incêndio que atingiu a área industrial da Alemoa, em Santos, na manhã desta quinta-feira (2/4), imediatamente detectado pelas câmeras do Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfico da Praticagem (C3OT) e observado por um prático que manobrava um navio nas proximidades. O C3OT passou a monitorar a situação e informou as autoridades competentes. Naquele momento, três navios estavam atracados nos terminais próximos, em situação de risco.
A partir do conhecimento do fato, a Sala de Crise do C3OT foi ativada e práticos foram convocados para realizar as manobras de emergência, de forma gratuita pela Praticagem de São Paulo. Ao mesmo tempo, os serviços de rebocador e amarração foram acionados. Em menos de 45 minutos, os práticos subiram a bordo. A maior preocupação era com o navio Guanaco, carregado de gás butano e metanol, substâncias que poderiam entrar em combustão somente com o calor do incêndio.
Além do Guanaco, o navio Adelaide também foi manobrado rapidamente, livrando-se do risco. Já, o comandante do Nilza preferiu manter sua embarcação atracada e dispensou o prático que havia se apresentado a bordo. Por volta das 12h30, o comandante mudou de ideia e o apoio da Praticagem foi requisitado. O prático seguiu imediatamente para atender a manobra de emergência e, menos de uma hora depois, o navio já se encontrava fora de perigo.
Segundo os sensores de meteorologia do C3OT da Praticagem de São Paulo instalados no Terminal de Tanques da Alemoa, os ventos na área do incêndio, em seu início, apresentavam fraca intensidade, o que pode ter contribuído para que o incêndio não se propagasse para outros tanques. A partir das 14 horas, entretanto, os sensores mostraram um pequeno aumento na intensidade do vento. Foto da home do site Fotos Públicas/Luana Fernandes