A nota de centrais sindicais e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), que repudia a sanção da lei dos caminhoneiros (13.103/2015) pela presidente Dilma Rousseff, também denuncia os bloqueios nas estradas como um “locaute patrocinado por maus empresários do setor de transporte, grandes embarcadores e o agronegócio”.
Leia também
Fretes ficarão até R$ 28 bilhões mais caros com jornada menor para caminhoneiros
O comunicado sindical afirma que o movimento dos caminhoneiros, suspenso assim que Dilma sancionou a nova lei, serviu para pressioná-la contra possíveis vetos ao projeto de lei que quebrou as regras da Lei 12.619.
A lei anterior, segundo o documento, “assegurava um pouco mais de dignidade aos trabalhadores e usuários do sistema de transporte em ruas, avenidas, estradas e rodovias em todo território nacional”. Por esses locais, afirma a nota, circulam mais de 84 milhões de veículos, entre automóveis, caminhões, caminhonetes, camionetas, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e outros tipos de veículos automotores.
Exclusão
“A sanção sem vetos, com exclusão dos verdadeiros representantes dos motoristas profissionais em todos os setores, no transporte de cargas ou passageiro, é mais um retrocesso”, prossegue.
E mais: “É uma incoerência aos compromissos assumidos pelo Brasil para redução de acidentes e segurança viária, em consonância com a proposta da ‘década de ação pelo trânsito seguro’”.
As centrais que assinam a nota são Força Sindical (FS), Nova Central (NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). “Não responderam aos nossos pedidos de audiência para tratar dos vetos que propusemos de forma transparente, com nossa posição sobre os artigos que consideramos prejudiciais.” E finalizam: “Nossa luta é por qualidade nos transportes e melhores condições de trabalho. Esse é o caminho que queremos. Por menos acidentes e doenças do trabalho e mais vidas."