A ação dos trabalhadores teve apoio da federação dos estivadores, capatazia e portuários do Brasil (Fecpb) e da diretoria dos sindicatos da região. Segundo o presidente da federação, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, o acordo coletivo de trabalho dos estivadores itacoatiarenses tem validade até fevereiro, “mas foi rasgado pelos empresários portuários”.
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Também presidente do sindicato dos estivadores de Santos (SP), Nei está na embarcação, junto com a direção dos sindicatos de Manaus e Itacoatiara.
O porto é administrado pela companhia docas de Santana (AM), empresa pública da administração indireta da prefeitura local, mas o terminal onde está o navio ‘Clipper’ é ligado ao grupo Blairo Maggi. Blairo Maggi é o atual ministro da agricultura e esteve nesta terça-feira (2) no porto de Santana, após agenda oficial em Macapá, capital do Amapá.
Ministro
“O ministro deveria ter aproveitado a visita para conhecer de perto a injustiça com os estivadores de Itacoatiara, substituídos por mão de obra estranha ao porto”, diz o presidente da Fecpb. Segundo Nei, as atividades do navio continuarão paralisadas até que os estivadores sejam escalados para seus postos de trabalho: “Não aceitamos essa injustiça”.
O líder nacional dos estivadores, que também luta pela manutenção do trabalho avulso nos terminais de contêineres de Santos, foi a Manaus, nesta terça-feira (2), prestigiar a eleição no sindicato local. Nesta quarta (3), em visita a Itacoatiara, participou de uma assembleia dos estivadores, que estavam bastante indignados com sua exclusão do trabalho.
Antes de ocupar o navio, os sindicalistas tentaram negociar com a administração do terminal, mas não foram recebidos. Por isso, alugaram um barco de se dirigiram ao ‘Clipper’.