Estimativas do relatório da Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2017 da ONU apontam para que o Brasil apresentará uma alta de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, o que representa menos da metade da expansão da América Latina e do Caribe (1,3%).
Os dados da Organização das Nações Unidas apresentados nesta terça-feira (17), em Nova York, também indicam que no ano de 2016 houve uma expectativa de redução de 1% na América Latina, enquanto que no Brasil a retração foi de 3,2% do PIB.
Já para o ano de 2018, a ONU prevê uma retomada de 2,1% do Produto Interno Bruto nos países latino-americanos, exceto o Brasil, que terá um aumento um pouco menor, de 1,6%.
Os dados positivos têm como base o aumento nos preços das commodities, os produtos primários com peso na demanda externa, e por uma política menos restritiva na América do Sul, ocasionando uma redução da inflação.
Se o cenário das Nações Unidas para 2016 foi negativo, seguindo o contexto das grandes recessões na Argentina, Brasil, Equador e Venezuela, e uma desaceleração nas economias chilena e colombiana, os próximos anos terá um crescimento estimado de 0,9% somente na América do Sul em 2017. Para o próximo ano, a ONU prevê mais 2% de aumento no PIB.
Os cálculos analisam que os efeitos de suave melhora neste ano e no próximo serão ocasionados pela leve recuperação econômica, sobretudo, no Brasil e na Argentina, que possuem as duas maiores economias da região.
Por outro lado, a ONU alerta que ainda se trata de uma estimativa, que poderá ser afetada com o crescente desemprego, ajuste fiscal e maior endividamento do Brasil, que prejudicam a economia nacional.