O Aeroporto de Goiânia (GO) completou 60 anos no dia 17 de junho último. O início das operações na década de 1950 foi marcado por uma infraestrutura básica, que tinha uma pista de pouso em terra de 1.500m por 30m e uma modesta estação de passageiros. Hoje, com um novo terminal de passageiros, mais amplo e moderno, a infraestrutura atende a capital do estado com 128 voos, entre partidas e chegadas, além de ligar a cidade a outros 13 munícipios.
Essa movimentação fará parte das comemorações do aniversário do aeroporto, quando o Santa Genoveva realiza o seu primeiro 1° Spotter Day, que receberá 40 fotógrafos profissionais e amadores e entusiastas da aviação. A ação começará às 8h30 deste sábado (18/6), quando os participantes cadastrados serão instruídos sobre as regras de segurança e acesso nas áreas de circulação de aeronaves. Em seguida, sob a supervisão das equipes de segurança e operações, os spotters farão registros fotográficos da movimentação do aeroporto em localizações estratégicas, com uma visão privilegiada dos pontos em que as aeronaves tocam o solo ou levantam voo.
Histórico
Muito antes de receber a estrutura atual, com pontes de embarque, elevadores e escadas rolantes, Goiânia recebia seus voos na área que hoje abriga o bairro Setor Aeroporto. Era uma instalação simples, com uma concepção baseada na realidade da época, mas que atendeu à sua finalidade até meados da década de 1950.
A partir de então, tornou-se necessário um novo sítio aeroportuário, com infraestrutura que atendesse às aeronaves à demanda de passageiros e cargas da época. Essa nova área, localizado na região nordeste da cidade, foi disponibilizada oficialmente em 1955. Era constituído de áreas pertencentes ao governo federal e de terrenos doados pelo fazendeiro e médico Altamiro de Moura Pacheco, num total de 3.967.365,04 m² (4.000 km²).
No novo espaço, foi feita uma nova infraestrutura, constituída de uma pista de pouso em terra de 1500m por 30m e uma estação de passageiros, que receberam as primeiras operações aéreas no dia 17/06/1956, além de receber o nome de Aeroporto de Santa Genoveva/Goiânia. Em 1958, com o desenvolvimento do transporte aéreo na região Centro-Oeste, o aeroporto teve sua pista atual pavimentada e ampliada para 2200m por 45m.
A partir de 1974, o aeroporto foi transferido para a Infraero, atendendo a Portaria Nº 120/GM5 de 03/12/73. Ainda em 1974, dentre as primeiras obras realizadas pela estatal no aeroporto, a mais importante foi a recuperação da pista de pouso. Para esta obra, o Ministério da Aeronáutica optou por uma tecnologia inovadora de reforço do asfalto, com camadas pré-misturados a frio, que possibilitavam sua execução sem interrupção das operações das aeronaves, além de proporcionar redução de custos e prazos da obra. Foi a primeira e bem sucedida experiência com aquela nova tecnologia nos aeroportos brasileiros. A pista de pouso, hoje, conta com 2500m de comprimento por 45m de largura.
O terminal de passageiros também foi ampliado em em 1974. O espaço recebeu novas melhorias em 1981, em 1994, em 2000 e em 2011, com a instalação de uma nova sala de embarque.
Já em maio de 2016, entrou em operação o novo terminal de passageiros, com nova tecnologia em suas instalações e mais conforto para usuários e passageiros, numa área total 34,1 mil m², e capacidade para processar 6,3 milhões de passageiros por ano. Em 2015, foram registrados 3,31 milhões de embarques e desembarques, além de 65 mil pousos e decolagens. De Goiânia partem voos para Brasília (DF), Confins (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Campinas (SP), Palmas (TO), Porto Seguro (BA), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG).
