Com investimentos de apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, o Brasil convive com estradas de má qualidade, portos ineficientes, falhas no fornecimento de energia e inúmeros problemas de logística que encarecem a produção e tiram a capacidade das empresas de competirem no mercado internacional. “A superação desses obstáculos depende da efetiva participação do setor privado no investimento e na gestão dos serviços”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso.
Ele destaca que o aumento da disponibilidade dos serviços de infraestrutura nas áreas de energia, transportes e saneamento básico é um desafio urgente a ser enfrentado pelo País. “Os prejuízos da falta de expansão, manutenção e modernização destes serviços são altos, e o setor produtivo nacional sente os efeitos desta deterioração”, ressalta o dirigente empresarial. Exemplo disso está no estudo da CNI Sudeste Competitivo. Conforme o trabalho, um investimento de R$ 63,2 bilhões na malha da região Sudeste propiciaria uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões com o transporte de cargas para o setor produtivo.