A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou o resultado da 18.ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que avaliou 98.475 quilômetros, que correspondem a toda malha rodoviária federal pavimentada e alguns trechos estaduais. O estudo qualificou como regular, ruim ou péssimo quase metade do pavimento das rodovias brasileiras. Em relação à superfície do pavimento, 44,7% está desgastada.
A classificação das estradas foi dada de acordo com a apresentação ou não de buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas. No Paraná, a pesquisa revelou que o percentual de rodovias paranaenses em pista simples caiu de 86,0% para 83,2% em 2014, mas o estado geral das estradas piorou.
De acordo com Gilberto Antonio Cantú, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), pouco foi feito nos últimos anos. “Apesar de todas as concessões, as rodovias federais ainda estão em péssimo estado de conservação, o que prejudica muito as transportadoras”, desabafa. Ele explica que, com os defeitos das rodovias, as gastos com manutenção de caminhões, de operação e tempo de viagem aumentam.
O plano CNT de Transporte e Logística aponta para a necessidade de cerca de R$ 294 bilhões em investimentos necessários, somente para o modal rodoviário. Cantú explica que, neste ano, o valor público federal autorizado para as rodovias, foi de cerca de R$ 12 bilhões e, até agosto, apenas 54,8% deste valor havia sido investido. “Precisamos de planejamento de execução de obras urgentes. Somente no ano passado morreram 8.551 pessoas em cerca de 186 mil acidente em rodovias federais do país. Muitas das tragédias por má conservação das estradas”, afirma. Informações da CNT.