A Aliança Navegação e Logística finaliza, neste mês, a renovação completa de sua frota de navios que operam na cabotagem. A empresa investiu R$ 250 milhões na compra de dois porta-contêineres com capacidade para 4.800 contêineres, que já entraram em operação no serviço. Eles carregam no casco uma homenagem aos grandes navegadores, o português Bartolomeu Dias, e o espanhol Vicente Pinzón.
Cada navio conta também com 650 tomadas para contêineres refrigerados, e foram construídos no estaleiro Shanghai Shipyard, na China. Considerados os maiores porta-contêineres em operação na cabotagem, o “Bartolomeu Dias” e o “Vicente Pinzón” se unirão aos outros nove navios da empresa que fazem o serviço, reforçando o atendimento em 14 portos, de Buenos Aires até Manaus, com um total de 124 escalas mensais.
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Empresa afirma acreditar na capacidade de desenvolvimento do Brasil, por isso fez grande investimentos
em novos navios de cabotagemque também farão escalas nos portos nacionais
“Acreditamos no Brasil e investimos constantemente para dar suporte ao crescimento das cadeias logísticas nacionais com um modal mais sustentável e econômico. As mudanças no serviço de cabotagem refletem um aumento entre 35% na capacidade de transporte nas três rotas de cabotagem da empresa”, afirma Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística.
Segundo o executivo, com esse investimento, a empresa demonstra o seu compromisso com a navegação brasileira e com o atendimento à demanda dos clientes. “Temos a perspectiva de encerrar 2014 com um aumento de 20% na movimentação de cabotagem”, explica.
O “Bartolomeu Dias” e o “Vicente Pinzón” são equipados com a mais moderna tecnologia para segurança da tripulação e da carga, além de serem sustentavelmente mais corretos, consumindo 60% menos combustível por contêiner carregado em comparação com outros navios, o que tem um impacto positivo no meio ambiente, bem como no custo operacional.
Thomas ressalta ainda que o custo logístico utilizando a cabotagem é em média de 10% a 15% menor do que o do transporte rodoviário, e possui um índice muito baixo de sinistralidade e avaria da carga.
Para exemplificar o componente ambiental, a movimentação da Aliança na cabotagem de 1999 até 2013 foi próxima a 2 milhões de contêineres, o que equivale a 1,2 milhão de caminhões a menos nas estradas. Enquanto um caminhão é responsável pela emissão de 50 gramas de CO2 por tonelada por quilômetros, o navio libera na atmosfera 15 gramas por tonelada por quilômetro. Esta diferença equivale à redução de 1,5 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera desde 2009.
“Para 2015, disponibilizaremos relatórios que informarão aos clientes sobre a emissão de CO2, auxiliando em seus programas de redução da liberação de gases de efeito estufa na atmosfera. Isso será feito através do projeto GLEM (GL-Emission Manager), que já está em fase de testes nos navios da cabotagem. Assim, queremos provar e comprovar o nosso comprometimento com a preservação do meio ambiente”, ressalta.
A empresa continua com o firme objetivo de construir navios porta-contêineres no Brasil em seu planejamento de capacidade de médio prazo. Porém, como resultado da alta utilização dos estaleiros nacionais pela indústria de petróleo e gás, foi necessário atender a demanda imediata do mercado com a importação.
“Queríamos muito, e lutamos até o último momento para construir no Brasil. E esse é o único ponto negativo em todo o processo, já que não foi possível concretizar, devido à falta de capacidade dos estaleiros atenderem à demanda em tempo. Porém, já estamos em fase de planejamento para a continuidade da renovação da frota com a construção de mais quatro navios no mercado nacional até 2018”, finaliza.