Expedição científica avalia impactos da urbanização na qualidade da água da Amazônia
Estudo inédito do ProQAS/AM percorre rios entre Manaus e Belém para apresentar dados inéditos na COP30 sobre a saúde hídrica da região amazônica
Embarcação “Roberto Santos Vieira”, do ProQAS/AM, realiza coleta científica entre Manaus e Belém
O barco de pesquisa do Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Amazonas (ProQAS/AM) iniciou, em novembro, uma expedição científica inédita para levantar dados sobre a qualidade da água dos rios entre as capitais Manaus (AM) e Belém (PA). Os resultados serão apresentados durante a COP30, conferência climática da ONU que começa em 10 de novembro, em Belém.
Construída pelo Grupo Atem, a embarcação “Roberto Santos Vieira” fará paradas para coleta de água em oito cidades ribeirinhas ao longo do percurso. No Amazonas, além de Manaus, estão incluídas Itacoatiara e Parintins. No Pará, as amostras serão coletadas em Juruti, Santarém, Alter do Chão, Monte Alegre, Gurupá, Breves e na própria capital, Belém. O objetivo é analisar os impactos da urbanização e da atividade humana sobre os recursos hídricos do rio Amazonas.
A expedição, iniciada em 1º de novembro, mobiliza 18 profissionais entre pesquisadores e tripulantes, e conta com quatro laboratórios embarcados para análises em tempo real. Segundo o professor Sérgio Duvoisin Júnior, coordenador e criador do ProQAS, a meta é comparar a qualidade da água antes e depois das cidades visitadas, identificando alterações causadas por despejo urbano, poluição ou variações naturais.
“Queremos mostrar, com dados, o que está acontecendo com a água da Amazônia e reforçar que o monitoramento ambiental é essencial para manter tanto a floresta em pé quanto a qualidade dos rios.” — Sérgio Duvoisin Júnior, coordenador do ProQAS/AM.
O ProQAS é um programa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), financiado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A iniciativa, criada pelo Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia (GP-QAT/UEA), tem como foco mostrar à comunidade científica e à sociedade a importância da preservação ambiental. O Grupo Atem, além de ter construído o barco, é também patrocinador do projeto, que abrange o monitoramento de água, sedimentos e solos, da qualidade do ar da Grande Manaus e dos impactos de aterros e lixões em todos os 62 municípios do Estado.
“Para o Grupo Atem, investir em iniciativas como o ProQAS é mais do que uma decisão estratégica — é um compromisso com o presente e o futuro da Amazônia. Nosso papel vai além da geração de valor econômico: envolve responsabilidade ambiental, diálogo com a sociedade e promoção do conhecimento científico.” — Fernando Aguiar, CEO do Grupo Atem.
Além da jornada científica, o barco da UEA também funcionará como uma plataforma de divulgação científica durante a COP30. Ancorado na Marina Club, em Belém, o laboratório flutuante sediará palestras e visitas guiadas abertas ao público e autoridades ambientais. As apresentações ocorrerão tanto na Universidade Federal do Pará (UFPA) quanto na Zona Verde da conferência — área destinada a painéis e debates públicos —, em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU).
A expectativa é que os primeiros resultados das coletas sejam apresentados ainda nos primeiros dias da COP30.
Sobre o Grupo Atem
O Grupo Atem é um dos maiores conglomerados empresariais dos setores de combustíveis e logística do Brasil, com raízes no Amazonas e uma trajetória marcada por inovação. Sua estrutura integrada abrange distribuição de combustíveis, transporte fluvial e rodoviário, refino e construção naval, oferecendo soluções completas para o abastecimento e logística de parceiros em todo o país. O grupo se destaca pela presença robusta na Região Norte e pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil.








