Quinta, 21 Novembro 2024

O Complexo Industrial Portuário de Suape continua sofrendo os impactos da paralisação dos caminhoneiros, que permanecem mobilizados na Avenida Portuária, via de acesso ao porto. Na tarde de quinta-feira (24), representantes de Suape negociaram com os manifestantes a entrada de dois caminhões-tanque para abastecimento de GLP para o Complexo Prisional do Curado, outros 10 com querosene de aviação (QAV) para abastecer o Aeroporto Internacional dos Guararapes e mais quatro com combustível para abastecer as viaturas das forças de segurança do Estado.

Poucas horas depois, a juíza da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ipojuca, Nahiane Ramalho de Matos, expediu decisão determinando que os manifestantes se abstivessem de impedir a passagem do tráfego de veículos com cargas necessárias à segurança das operações dentro do porto e ao abastecimento da população.

No início da noite, um oficial de Justiça notificou os manifestantes que estavam no local. Apesar do desbloqueio do acesso ao porto para serviços essenciais, persistem as dificuldades de escoamento, em razão de bloqueios existentes nas rodovias e de indisponibilidade de transportadoras e caminhoneiros.

Até momento, dois caminhões deixaram as dependências do porto para levar GLP aos presídios. Um outro caminhão com óleo diesel foi liberado para abastecimento do transporte público. Um caminhão carregado com nitrogênio para resfriar o sistema de armazenagem de butadieno também foi autorizado a entrar no porto e teve acesso ao terminal da Ultracargo.

À tarde, três caminhões-tanque carregados com gasolina para as viaturas da Polícia Militar também foram liberados e deixaram o porto com uma escolta da PM. Por volta das 17h, outros dois veículos abastecidos com GLP para hospitais passou pelo bloqueio dos manifestantes e deixou a área portuária. Uma média de 1.600 a 2.000 caminhões/dia (70% de combustíveis) estão deixando de ter acesso ao porto.

atrac suape

Oito navios estão na área de fundeio na manhã desta sexta-feira (25), número considerado normal. Até o momento, nenhum navio deixou de atracar. Em poucos dias, no entanto, se não houver evolução nas negociações com os manifestantes, novos navios poderão ser impedidos de atracar devido à indisponibilidade de área para armazenagem ou falta de carga para embarque. No momento, 1.800 veículos importados estão no Pátio Público de Veículos 1 e não foram escoados via rodoviária.

O Terminal de Contêineres (Tecon Suape) paralisou a movimentação entre terminais desde terça-feira e não faz nenhuma movimentação rodoviária desde então. Um volume de aproximadamente 5 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) está parado nas dependências da empresa, por falta de escoamento. Na manhã desta sexta-feira (25), um navio estava atracado realizando operação de contêineres.

Até o momento a escala de chegada de navios no Tecon está mantida, já que a operação portuária de retirada dos contêineres não foi afetada. Apenas os equipamentos de terra estão comprometidos por falta de óleo combustível. O armazém e o pátio da Localfrio, que também opera contêineres, estão com volumes críticos em razão da ocupação.

O terminal da Ultracargo, que armazena produtos de alta periculosidade (butadieno), necessita diariamente de abastecimento de nitrogênio, gás não disponível no porto e que serve para resfriar o sistema de tancagem. Na terça-feira, os manifestantes permitiram a entrada de apenas um caminhão. Um novo caminhão teve acesso ao terminal na madrugada desta sexta-feira (25).

O óleo combustível utilizado em geradores convencionais de escolas, postos de saúde, hospitais e afins continua com dificuldades de escoamento, em razão de bloqueios existentes nas rodovias e de disponibilidade de transportadoras e caminhoneiros. Gasolina e etanol também não estão deixando os terminais, comprometendo o abastecimento dos postos em toda a região.

Os terminais de tancagem de combustíveis que dependem diretamente do modal rodoviário estão com capacidade entre 73% e 98%. A Decal, que depende pouco dos caminhões, está com armazenagem em 30%. No total, a capacidade de tancagem dos terminais está em 68%.

Termoelétricas como a Suape Energia e Pernambuco 3 recebem óleo combustível por via rodoviária e poderão ter seu abastecimento comprometido se o desabastecimento persistir.

A Bunge Moinho, que armazena trigo, está com os silos praticamente cheios. Consequentemente, também não estão realizando a distribuição para padarias e indústrias.

Todas as unidades de envase de Gás Liquefeito de Petróleo-GLP (gás de cozinha) que atendem a região estão em Suape e estão com 100% de sua capacidade de armazenagem. O desabastecimento também impacta clientes como hospitais, indústrias, restaurantes, hotéis e prédios residenciais.

As informações foram atualizadas pela assessoria de Comunicação do Complexo Industrial Portuário de Suape.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!