Quinta, 28 Março 2024

Adriano Augusto Fidalgo é advogado, auditor jurídico e especialista em Computação Forense

No Brasil e no mundo o Whatsapp é principal aplicativo de comunicação utilizado. Usa-se para falar com os(as) amigos(as), familiares, namorada(do), conversas entre pais e filhos, grupos de família e grupos dos mais variados. Para o trabalho. Para os estudos. Por empresas e por aí vai.

Ocorrem alguns assuntos curiosos, como quando o aplicativo usando inteligência artificial, tenta lhe ajudar e auto preenche diálogos completando uma frase com uma palavra inadequada, mas que poderá ficar engraçada ou ocasionar alguma situação constrangedora.

Há casos relatados em que por equívoco uma moça enviou nudes para o pai! E de um rapaz, com perfil sério, militar, que acabou enviando um vídeo “proibidão” que estava destinado para um grupo de amigos, para o grupo da família que é muito religiosa. Silêncio sepulcral em ambos os casos. Os almoços de família ficaram esvaziados após tais incidentes...

Como em qualquer local, seja ele presencial ou digital, as pessoas se desentendem e podem ocorrer desavenças das mais simples que ali mesmo se resolvam, de outro lado, também podem ser escancarados e ganharem o mundo casos de cyberbullying, crimes contra honra, ameaças e etc. Vira a rede social uma praça pública, a antiga Ágora dos gregos.

De um modo geral, as pessoas ainda não detêm a devida educação digital, principalmente as que não possuem o devido controle emocional para mensurar que destemperos nesse ecossistema de comunicação fazem prova e geram futuras consequências, inclusive de ordem legal. E podem ser utilizadas contra o(a) declarante.

Muitas pessoas têm sofrido consequências gravíssimas, por confiarem demais, enviando informações pessoais, praticando sexting, enviando nudes ou vídeos picantes na crença de que do outro lado a outra pessoa receberá e não repassará a ninguém. Muitas das vezes um grande engano, que vem chegando às raias dos tribunais para solução do problema ocorrido.

Há a necessidade de se saber que as palavras são levadas com o vento. O que está escrito pode ser eternizado. Portanto, trocar confidências por esse meio de comunicação não pode ser o melhor caminho, já que os segredos podem ser repassados a terceiros com um clique. Deste modo, melhor resguardar certos assuntos para se tratar pessoalmente!

Notícias já nos chegaram, de brigas em grupos de mães de alunos, de professores, de vizinhos de condomínios, de família e em diversos outros exemplos. Entendo que, inclusive, os administradores de grupos eventualmente também poderão ser responsabilizados, a depender do tipo de desavenças e conteúdos que transitam dentro de determinados grupos.

Enfim, a Justiça já vem enfrentando algumas situações. Conforme resumo de ocorrências verificado em uma notícia, aqui transcrita : “A.* ouviu da amante do marido detalhes das relações sexuais, em mensagens também enviadas a sua filha, uma criança. J. foi alvo de piadas após um conhecido espalhar boatos de um caso entre eles. A.D. era constantemente chamada de “gorda”, “feia”, “bunda mole” e “bigoduda” pelo chefe. R. teve fotos íntimas incluídas em montagem pornográfica. Em comum, as quatro foram alvo de assédio pelo WhatsApp...”.

Desta forma, nota-se que, mais do que nunca é necessário se ter uma ética digital. No campo preventivo, deve-se conscientizar. Deve carregar o usuário de aplicativos e internet, em suma de tecnologia de um modo geral, uma carga valorativa para decidir o que postar ou não postar, agindo com cidadania digital. Nunca foi tão importante se conhecer e não se fazer ao outro o que não gostaria que lhe fosse feito.

No campo reativo, as vítimas devem buscar advogados especializados em direito digital para se tomar as devidas medidas em caso de agressões digitais, como as relatadas acima e outras que possam ocorrer, para se tomar as medidas pertinentes à cada situação desafiada.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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