Sábado, 23 Novembro 2024

Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)

A categoria dos engenheiros e as demais áreas tecnológicas são, por excelência, as profissões do desenvolvimento. A compreensão dessa realidade foi uma das bases do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com total engajamento do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp). Essa nossa iniciativa, que se tornou um valioso instrumento de mobilização pela expansão econômica com distribuição de renda e preservação ambiental, segue viva e vem sendo permanentemente atualizada. Assim como se mantém a convicção de que o Brasil pode avançar e oferecer boas condições de vida a sua população.

Dessa forma, e diante do atual cenário de crise, incertezas e risco de grave recessão, os engenheiros brasileiros e as suas entidades representativas são chamados a defender mais uma vez um projeto de País justo, soberano e desenvolvido. Essa meta, que é a nossa agenda essencial, como profissionais, sindicalistas e cidadãos, não pode ser abandonada. Pelo contrário, deve ser perseguida com ainda maior seriedade e determinação por todos que sonham com um futuro melhor.

Nesse espírito, a diretoria da FNE, reunida em Porto Alegre em 17 de junho último, divulgou uma nota reafirmando seu compromisso em defesa da engenharia e dos seus profissionais. A mensagem sintética aqui reproduzida traduz nosso empenho e perseverança em prol do interesse nacional.

“A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que conta 18 sindicatos filiados em todo o Brasil, reunida em Porto Alegre/RS, manifesta-se firme e unanimemente em defesa da engenharia brasileira e dos profissionais qualificados que são sua base. A FNE, que há quase uma década desenvolve o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, reconhece hoje a necessidade de garantirmos a retomada do desenvolvimento e o enfrentamento da recessão e, portanto, a necessidade de proteções, garantias e estímulos à ação produtiva dos engenheiros e das empresas de engenharia. Situamo-nos assim contra as privatizações no setor elétrico e de saneamento, a quebra das exigências do conteúdo nacional e as agressões à capacidade de atuação da Petrobras.

Sob pretexto algum, deve-se admitir o desmanche das empresas e a perda de seu protagonismo em outros países e no Brasil. Se, no combate à corrupção – que agride e prejudica a todos – são necessárias apurações rigorosas e punições efetivas, tudo deve ser feito sob a égide da Justiça e com a continuada garantia do exercício legal e legítimo das iniciativas empresariais.

Em defesa dos engenheiros, a FNE tem lutado pelo respeito ao piso salarial da categoria e trabalha com afinco para garantir o reconhecimento como carreira de Estado no setor público.

Os desafios são muitos e graves. A FNE defende, e sua ação o comprova, a unidade de todo o campo da engenharia brasileira, de toda a rede de entidades representativas, associativas e profissionais dos engenheiros e, portanto, dispõe-se a participar ativamente do movimento em defesa do desenvolvimento, da engenharia e dos profissionais.

Porto Alegre, 17 de junho de 2015”

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