Sexta, 26 Abril 2024

Bruno Abreu
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Cofundador da Sofist

Na última década, pudemos ver a tecnologia se tornando parte da vida das pessoas. Além disso, a transformação digital fez com que empresas do mundo todo se reinventassem e buscassem novos propósitos de mercado. A tecnologia trouxe a informação para a palma das mãos, através da chegada dos smartphones, e ressignificou a forma de nos comunicarmos. A popularização dos aplicativos, a Inteligência Artificial (AI), a chegada do internet banking e das contas digitais, a nuvem, a automatização de tarefas e a customização do atendimento são exemplos de tecnologias e serviços que tiveram papéis imprescindíveis em toda essa transformação.

Estamos em 2020 e o tema transformação digital ainda está em debate por empresas de praticamente todos os segmentos de mercado. Isso porque, apesar das grandes transformações da última década, ainda há muito o que se aprimorar, tanto em termos estratégicos como de tecnologias. As companhias estão percebendo que a agilidade no desenvolvimento de novos produtos e serviços requer novas habilidades e novas formas de trabalho. De acordo com o estudo World Quality Report 2019/ 2020, estudo que traz os principais desafios enfrentados atualmente na aplicação de desenvolvimento ágil e testes, realizado pela Capgemini, apenas 1% dos entrevistados não enxergam desafios em suas áreas de trabalho. Praticamente todos sabem que algo ainda em evolução requer aplicação e esforço para obter benefícios.

Pensando nisso, trago neste artigo algumas tendências tecnológicas citadas no último ano pelo Gartner e que podem ser essenciais para o crescimento das empresas em 2020.

Inteligência artificial

Atualmente, a Inteligência Artificial já está sendo utilizada para personalizar a experiência do usuário e cada vez mais as marcas estão investindo nesse tipo de tecnologia. Quanto mais o atendimento for personalizado, melhor será a experiência do consumidor. Aqui estamos falando da customização para milhões de usuários: personalizar as preferências de 50 clientes é bem diferente de fazer isso para três milhões, por exemplo. E é aí que entra a Inteligência Artificial e suas técnicas de Machine Learning, não somente para melhorar a experiência, mas também para garantir uma operação mais eficiente.

Num futuro bem próximo, a personalização deixará a experiência do usuário cada vez mais pessoal. Já é possível por exemplo que a AI entenda a frequência de compra de um usuário e envie o produto automaticamente para a casa dele. É claro que tanta personalização não traz somente vantagens: existe um debate sobre a privacidade destes dados que ainda é um desafio. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) será essencial para nortear as companhias e usuários sobre a utilização destes dados.

Multiexperiência

O conceito de multiexperiência traz a ideia de um computador ou celular que evolui de um simples ponto de interação para algo multissensorial e multitoque, com outros dispositivos e várias vias de acesso. Tudo isso mudará a maneira como os usuários interagem com a tecnologia hoje e garantirá uma experiência multidimensional. Para aumentar a estratégia da multiexperiência, as empresas já estão criando aplicações via chat e voz, realidade aumentada, rastreadores, veículos autônomos, comunicações por alto falante inteligente e outros wearables que irão ampliar muito a arquitetura do varejo online, segundo os consultores do Gartner.

O Everything Customer, outro conceito trazido pelo Gartner no último ano, fala exatamente sobre as estratégias tecnológicas que as empresas precisam criar para se aproximar consumidor. A tecnologia facilita o envolvimento dos clientes com as marcas e produtos, mas também pode criar lacunas quando as diversas expectativas, muitas vezes contraditórias, não são atendidas. Por isso, ao desenvolver uma estratégia multiexperiência é possível impulsionar a empresa em seu caminho de crescimento, mas é necessário ficar atento em relação às demandas dos usuários e oferecer essas mudanças com qualidade e excelência para não gerar essas lacunas.

Hiperautomatização

Tarefas que antes eram feitas por seres humanos, serão cada vez mais realizadas por máquinas. A Hiperautomatização é justamente essa tendência, onde a aplicação de tecnologias avançadas como IA e Machine Learning são utilizadas para automatizar processos. Com isso, ganha-se tempo: antes, se você levava um dia para testar toda a sua aplicação, por exemplo, hoje isso levará minutos ou horas. Ganha-se também em qualidade, já que essa prática garante mais segurança durante o desenvolvimento e manutenção de um software. Como as máquinas conseguem fazer o mesmo trabalho em um tempo muito menor, as tarefas humanas podem ser voltadas para outros propósitos.

Devops/DevSecOps

Garantir a qualidade dos softwares em processos que demandam sequência e velocidade ainda é um desafio. Muitas vezes, as novas ideias e atualizações de um produto digital são colocadas em prática num ritmo frenético, o que pode prejudicar a sua qualidade no final. E é aí que entram as práticas Devops/DevSecOps para garantir o controle de qualidade no trabalho das equipes de desenvolvimento de software. Quando falamos em shift-left numa abordagem dos testes de software, estamos falando em levar as práticas de qualidade para as etapas iniciais do desenvolvimento. Dessa forma, garante-se que o desenvolvedor e outros membros do time cumpriram etapas importantes antes mesmo do código nascer e, por isso, a chance de ter esquecido algum detalhe importante seja mínima.

Segundo o World Quality Report 2019/2020, 56% dos entrevistados afirmam que a falta de cultura e um ambiente de testes apropriado e de dados é um problema durante o desenvolvimento de um software. Além disso, 50% apontam como um desafio a incapacidade de aplicar a automação de teste em níveis apropriados. 43% dizem encontrar dificuldade em identificar as áreas corretas onde cada teste deveria estar focado. Nesse contexto, as práticas Devops/DevSecOps garantem ciclos de desenvolvimento rápidos com qualidade e segurança.

Business Intelligence e Advanced Analytics

Não é de hoje que Business Intelligence (BI) e Advanced Analytics estão no radar dos CIOs. Essas tecnologias são utilizadas a favor da inteligência dos negócios. Elas têm a missão de avaliar um volume imenso de informações, tomar decisões, além de melhorar processos e ofertas aos usuários. Os processos utilizados por essas tecnologias ajudam as empresas a converter os dados brutos em informações relevantes e que podem gerar insights para melhorar e otimizar processos. Em 2020, as empresas continuarão investindo em BI e Advanced Analytics por conta da presença cada vez mais dinâmica do mercado e a necessidade de incorporar inteligência ao sistema.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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