Sexta, 26 Abril 2024

Helmuth Hoffstatter*

A transferência para novas tecnologias disruptivas pode alterar muito o mindset organizacional. Esse artigo vai apontar os principais tendências de mudanças nas empresas que devem ocorrer em 2020, começando com o VUCA, um conceito criado pelo U.S. Army War College que descreveu o mundo pós guerra fria.

Hoje, o método é utilizado para entender como será o novo mercado e cada letra representa uma característica e no comércio exterior esse conceito fica ainda mais intenso. Sendo V de volatilidade, ou seja, muitas mudanças em pouco espaço de tempo. Tanto para empresas quanto para pessoas, não existe mais um caminho estruturado até atingir a estabilidade.

U de Uncertainty (incerteza), não é mais possível utilizar velhas estratégias para novos negócios, e as soluções de hoje não poderão ser aplicadas no futuro, as informações estão em constante movimento e demandam novas maneiras de utilizá-las. C de complexidade, pelo acesso a informação que nossa sociedade adquiriu é fantástico, porém gera maior cuidado na tomada de decisão, porque não é mais possível analisar apenas fatos isolados, deve-se conhecer a cadeia como um todo e entender a conectividade que cada dado possui com outro e suas consequências e A de ambiguidade, ou seja, mais de uma informação pode estar correta, não existe apenas um jeito de realizar determinada atividade. Há diversas interpretações diferentes e não existe uma só verdade.

Mas como as empresas vão se comportar mediante a todas essas mudanças?

Empresas enxutas e muita tecnologia: cada vez mais as empresas vão optar por equipes pequenas, porém com muita tecnologia. O pensamento é que é preferível ter poucas pessoas capacitadas e bem remuneradas do que muitas pessoas incapacitadas com baixos salários.

É importante que os profissionais busquem por especialização. Um exemplo no comércio exterior é que antes, um profissional deveria investir seu tempo no trabalho conciliando informações entre duas máquinas ou softwares, mas hoje é possível a comunicação de dados e apresentação de informações sem precisar uma pessoa intermediadora, que era responsável apenas por realizar follow up de embarques. Essa pessoa perdeu uma função, porém pode se dedicar no atendimento e busca de novos clientes e otimização de processos.

Setores integrados e menor hierarquia: como o fluxo de informação cresce mais rápido no comércio exterior, é inviável a separação de diversos departamentos, a tomada de decisão deve ser rápida e assertiva, por isso cada vez mais haverá integração de todos os setores.

A horizontalização será cada vez mais comum nas empresas, hierarquias deixarão de existir e com isso também tomadas de decisão mais assertivas, a qualidade do trabalho aumenta, e há maior foco no real propósito da empresa.

Horário e local flexível: o comércio exterior é complexo e viver com prazos transforma o ambiente de trabalho em um lugar estressante e pesado, as empresas serão responsáveis por deixar o ambiente mais tranquilo, amenizando e trazendo propostas de integração para melhorar o clima tenso do comex. Além disso, o que importa para uma empresa é a qualidade de produção do colaborador, por isso os horários flexíveis serão mais comuns, assim como a possibilidade de fazer home office ou em espaço de cowork.

Criação de padrão e personalização: mais uma vez a ambiguidade aparece por aqui. Padronização e personalização ao mesmo tempo, é possível? Cada vez mais operações serão padronizadas, isso é uma etapa para o sucesso da automação, pois sem criar padrões não é possível automatizar processos. No entanto, cada cliente possui uma peculiaridade, um jeito que deseja as coisas e esse pode ser um fator essencial de decisão para o cliente se manter ou não utilizando os serviços de determinada empresa. Por isso, é importante que o setor de TI esteja atento para programar cada personalização que os clientes demandarem.

Aprendizado coletivo: para ter profissionais qualificados, é importante que a organização ofereça meios de entregar conhecimentos a seus colaboradores. Essa atitude, além de desenvolver os profissionais, traz interação entre a equipe e o mercado. Palestras, dinâmicas, treinamentos e tudo que capacite o profissional será importante para a empresa e para o profissional ter sucesso na quarta revolução industrial.

Helmuth Hofstatter
* Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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