Menos de 13 horas após a decretação da greve de 15 mil operários do polo industrial de Cubatão, baixada santista e litoral, a partir de quarta-feira próxima, 13 de maio, a empreiteira Tomé apresentou contraproposta para seus 2 mil empregados.
A greve foi decretada na noite de quarta-feira (6), na subsede do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial em Cubatão, em assembleia que rejeitou reajuste salarial de 7% na data-base de maio.
Às 10h30 desta quinta-feira (7), portanto 12 horas e meia após o final da assembleia, a direção da Tomé oficiou ao presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, ofertando correção salarial de 10%, que será apreciada em assembleia na manhã desta sexta-feira (8).
A contraproposta da empreiteira, que presta serviço à refinaria Presidente Bernardes, da Petrobras, incluiu ainda reajuste de 25% no tíquete alimentação, que passará, caso haja aprovação dos empregados, de R$ 20 para R$ 25 por dia trabalhado.
A empresa oferece ainda participação nos lucros ou resultados (plr) correspondente a um salário nominal mais 30% de cada trabalhador. A proposta das 85 empreiteiras rejeitada na quarta-feira (6), reajustava o tíquete e a ‘plr’ em apenas 7%.
O presidente do Sintracomos acha a proposta “aceitável”, mas adianta que a assembleia desta sexta-feira “será soberana para aprová-la ou não. O certo é que as empreiteiras que não apresentarem contraproposta satisfatória estarão paradas a partir de quarta-feira (13)”’.
Segundo o sindicalista, a assembleia de quarta-feira (6) obedeceu aos critérios da lei de greve (7783-1989), para evitar problemas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). Os 7% foram propostos ao sindicato em negociação na manhã de quarta-feira (6). Informação da assessoria de imprensa do sindicato.