Quarta, 25 Junho 2025

Publicado originalmente em Sidney Rezende

Com direção de Adam Shankman, "Rock of Ages: O Filme" (Rock of Ages - 2012) estreia nesta sexta-feira, dia 24, superando todas as expectativas negativas geradas pelo fraco desempenho no mercado americano. O SRZD já conferiu o primeiro musical estrelado por Tom Cruise e se surpreendeu com o que viu na tela grande.


Antes de assisti-lo li algumas resenhas negativas, por isso entrei na sala de exibição sem esperar muito do filme. Na verdade, estava esperando mais uma bomba cinematográfica, como tantas outras a que assisti este ano. Em poucos minutos percebi que estava completamente enganada em relação a este longa, pois ele é muito bem feito, conta com elenco afiado e trilha sonora de primeiríssima qualidade, que fica na nossa cabeça por muito tempo. Isso sem contar que a atmosfera dos anos de 1980 foi recriada com perfeição, do cenário ao figurino.

A caracterização dos personagens e as interpretações são absolutamente fantásticas. Tom Cruise está incrível como o "Deus do rock" Stacee Jaxx. O ator conseguiu condensar grandes ídolos do rock and roll em seu personagem, entre eles, Axl Rose, Steven Tyler e Jon Bon Jovi. Os trejeitos de Stacee no palco nos lembra muito esses "velhos" roqueiros que ainda levam multidões aos seus shows. E as similaridades não param por aí. Jaxx é um astro adorado pelos fãs, mas que não tem nenhum respeito por eles, chegando atrasado aos shows ou simplesmente não aparecendo porque bebeu demais (Axl, certo?); desejado pelas fãs (Bon Jovi?); quase no fundo do poço por causa da bebida e dando a volta por cima após resolver alguns probleminhas com o empresário (lembrou do Tyler e do Aerosmith?).

Contudo, Cruise não é o único ator que está bem em cena porque todos estão ótimos e brilham por igual, cada um a sua maneira, claro. Diego Boneta e Julianne Hough têm uma química incrível e conseguem encantar o público com uma história de amor embalada com clássicos do rock. Alec Baldwin, como sempre, está ótimo e acerta o tom da comédia, batendo um bolão com Russell Brand - as cenas dos dois garantem boas risadas. E Catherine Zeta-Jones esbanja talento como a groupie atualmente enrustida e com desejo de vingança.

Como todo musical, as atenções do público se voltam para as canções, nesse caso muito bem interpretadas por todo o elenco. Tom Cruise fez um excelente trabalho vocal e não errou o tom em clássicos como "Paradise City" do Guns N’ Roses e "Wanted Dead or Alive" do Bon Jovi, esse num dueto com Julianne Hough; Boneta e Hough encantam com "More Than Words" do Extreme e "Waiting for a Girl Like You" do Foreigner; Zeta-Jones e Brand divertem com "We Built This City" do Starship e "We’re Not Gonna Take It" do Twisted Sister; entre tantas outras músicas em regravações apaixonantes.

Baseada no famoso musical da Broadway, a história de "Rock of Ages: O Filme" mostra a jovem Sherrie Christian (Hough) chegando a Los Angeles com sua preciosa mala repleta de LPs de grandes bandas de rock. Assaltada, conhece Drew Boley (Boneta), funcionário do famoso Bourbon Room, de propriedade de Dennis Dupree (Baldwin). Não demora muito para os dois se apaixonarem e viverem momentos inesquecíveis, como o último show do Arsenal, banda de Stacee Jaxx (Cruise), roqueiro excêntrico e mulherengo, cujo primeiro show de rock que viu na vida foi do Aerosmith aos 17 anos.

O show do Arsenal é um divisor de águas nas vidas dos personagens, especialmente de Sherrie e Drew, que depois de contratado pelo empresário inescrupuloso de Stacee se torna membro de uma boy band tão bizarra quanto o New Kids On The Block (os bisavós do Restart), chamada de Z-Guyeezz.

A trama também faz uma crítica leve à indústria fonográfica, mostrando como as artimanhas do empresário de Stacee Jaxx foram capazes de destruir o sucesso do Arsenal e separar um casal apaixonado, aproveitando-se de um engano.

Por vezes, o roteiro de "Rock of Ages: O Filme" deixa a história em segundo plano para apostar nos números musicais. No entanto, isso não o compromete ou o enfraquece. Pelo contrário, a qualidade de sua trilha sonora e a paixão e bom desempenho de todo o elenco suprimem essa "falha", pois essa produção é diversão garantida até para quem considera musical um porre de assistir. Então, corra para o cinema e confira esse musical que é puro rock and roll.

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