Sessenta das 100 maiores empresas do País já desenvolvem alguma atividade relacionada à operação de logística reversa (prevê o recolhimento e descarte pelo fabricante do resíduo pós-consumo), segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira no 18º Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, 40% ainda não têm programas com esse objetivo.
A pesquisa foi feita pelo ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain): “O fato de essas grandes empresas já terem alguma atividade mostra uma predisposição em cumprir o que determina a lei”, analisou Gisela Sousa, consultora do Instituto Ilos e responsável pela pesquisa. De cada dez entrevistados, seis apontaram a lei como principal motivação para implantar a logística reversa.
A consultora ressalvou, porém, que embora a maioria das empresas já desenvolva alguma atividade referente ao recolhimento e descarte de material no pós-consumo, em atendimento à PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), nem todas estão no mesmo estágio. “Estão com alguma atividade, mas não necessariamente é uma atividade muito representativa”, ressalta.
Entre os principais obstáculos apontados pelas empresas para investirem na logística reversa, está o da questão geográfica. Elas alegam que como o consumidor está espalhado pelo país, isso dificulta um pouco a operação e eleva custos, em razão da baixa escala de transporte. A necessidade de instalação de pontos para a coleta do resíduo foi apontada como barreira por 53% das companhias consultadas. Para 45%, falta mais apoio governamental para a coleta seletiva.
Fonte: Guia Marítimo