O presidente da Light, Paulo Pinto, afirmou que a companhia está trabalhando para reduzir as perdas comerciais de 43% para 33,9% até 2015. Pinto destacou que a empresa tem como prioridade o combate às perdas e à inadimplência. Segundo ele, a forma mais rápida da companhia crescer e desenvolver é atuando nessas duas frentes.
Para cumprir a meta, a companhia aposta no desenvolvimento do projeto Área de Perda Zero (APZ). O projeto, que surgiu a partir do trabalho da empresa em comunidades pacificadas, aposta em um relacionamento entre as equipes de campo e os clientes.
Segundo o executivo, no âmbito da melhoria da tecnologia para a redução das perdas, até junho de 2012, foram instalados 250 mil medidores eletrônicos e 243 mil clientes com rede blindada. “O planejado é encerrar 2012 com um universo de 318 mil medidores eletrônicos instalados”, disse Pinto.
O diretor financeiro da light, João Batista Zolini, ressaltou que 15 mil medidores já instalados em comunidades pacificadas, com a presença de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), serão acionados “agora” e a companhia começará a faturar a partir deles.
Zolini também afirmou que o plano do governo de reduzir o custo da energia no Brasil, transferindo encargos setoriais da tarifa de energia para o Tesouro Nacional, vai possibilitar a diminuição da inadimplência na área de concessão da empresa.
“A desoneração das tarifas é um fator extremamente positivo para a gente. Vai permitir que os consumidores inadimplentes paguem suas contas. Vemos uma perspectiva boa de fluxo de caixa pela frente”, disse o executivo.
Investimentos
Ainda segundo Zolini, a Light vai investir R$ 410 milhões ao ano, de 2013 a 2015, na área de distribuição. O executivo acrescentou que os aportes na área serão reduzidos.
Em 2008, este investimento chegou a R$ 453,8 milhões. Em 2009, foi de 446,9 milhões; R$ de 518,8 milhões, em 2010; e de R$ 758,7, milhões no ano passado.
Segundo a companhia, os investimentos foram mais altos nos últimos dois anos para que fossem considerados na base de remuneração no processo de revisão tarifária da empresa, que será feita em novembro do ano que vem. “Com certeza o investimento da distribuidora será reduzido”, disse Zolini.
Dividendos
Paulo Roberto Pinto afirmou que a política de pagamento de dividendos aos acionistas será mantida durante sua gestão. A companhia tem uma política de pagamentos de pelo menos 50% do lucro líquido.
“A ideia é manter nossa relação com o acionista. Vamos manter a política de pagamentos de dividendos de pelo menos 50%. Teve anos que chegamos a pagar 100%. O dividendo para nós é tão prioritário quanto essas metas operacionais todas que temos que atingir”, afirmou o executivo, durante a teleconferência.
Fonte: Valor Econômico