Até 2020, o Brasil deve deixar de emitir 5,3 milhões de toneladas de CO² advindos do transporte de cargas e de passageiros. É o que diz o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte), apresentado nesta quinta-feira, 9, durante a consulta pública realizada na sede da CNT (Confederação Nacional do Transporte), em Brasília (DF).
A redução de emissões será resultado do conjunto de obras rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias previstas. Foram considerados os projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e as intervenções sugeridas no PNLT.
“No setor de transporte de cargas, selecionamos 613 projetos previstos no PNLT. Se eles forem plenamente executados, poderão promover algum nível de transferência modal, e, assim, proporcionar mitigação nas emissões de CO²”, diz Kátia Matsumoto, chefe da assessoria sociambiental do Ministério dos Transportes.
Apesar de a transferência de modal ser uma necessidade conhecida no transporte de cargas, o processo pode levar anos para se consolidar. “O transporte rodoviário de cargas é o maior emissor e vai continuar sendo. A renovação de frota é uma ação que, para nós, deve ser incluída no Plano. Esse é um pleito antigo da CNT e o inventário de emissões deixa bastante claro: os caminhões, principalmente os pesados, são um dos principais emissores de gases do efeito estufa”, afirma Marilei Menezes, coordenadora de projetos especiais da CNT, que destacou também a eficiência energética como um ponto que merece atenção. Segundo ela, a falta de infraestrutura nas rodovias brasileiras tem um impacto considerável no consumo dos veículos leves e pesados.
Fonte: Webtranspo