Segundo o jornal Estado de São Paulo a paralização da Dultra, com a greve dos caminhoneiros também atingiu o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo. O jornal traz na sua edição de hoje o seguinte relato: " Para viagem decidida de última hora, avião deixou de ser opção. Preferi ir de ônibus. Afinal, uma viagem de São Paulo ao Rio não leva mais que seis horas. Pelo menos costumava ser assim. Anteontem, por causa da greve dos caminhoneiros que chegaram a fechar a Rodovia Presidente Dutra, a viagem de volta para o Rio demorou 14 horas. Era para ser só mais uma, como tantas que já fiz este ano. Foi a pior.
O ônibus saiu de São Paulo à meia-noite de domingo. Às 4h30, parou. E assim ficou até 8h30. Por quatro horas, não se moveu por um centímetro sequer. Depois, percorria alguns míseros metros, bem lentamente. E mais uma hora parado. Parado. No meio da estrada, sem nenhum posto de gasolina - e uma mais que valiosa loja de conveniência - por perto. Por volta das 10h - deveríamos ter chegado ao Rio às 6h -, o motorista saiu da cabine. "Olha, os caminhoneiros estão em greve, fecharam a estrada e não há nenhuma previsão para sairmos daqui", disse aos passageiros. "Na semana passada, eles fecharam a Fernão Dias por mais de um dia." Não tranquilizou ninguém, claro. Pelo contrário. As pessoas começaram a "estocar" os últimos copos d’água do ônibus. No entanto, contrariando a pessimista previsão de nosso condutor, por volta de 12h30 o ônibus finalmente começou a andar. À beira da estrada, víamos os caminhões enfileirados, com um ou outro motorista na cabine - dormindo -, mas a maioria fora. Demorou, mas chegamos."
Fonte: Jornal de Turismo
