Essenciais para o desenvolvimento da economia, principalmente para as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), os terminais portuários estão investindo alto na ampliação da capacidade das operações, que deve reduzir os gargalos logísticos. A estimativa é de que os portos apliquem R$ 134 milhões até 2013, para atender à demanda da Copa do Mundo.
Anualmente, esses terminais movimentam uma média de quase 200 mil toneladas, somente nas operações de desembarque de mercadorias. Os maiores volumes são insumos para as indústrias e o envio de produtos acabados.
Os portos também são responsáveis por empregar um contingente de 12,5 mil trabalhadores diretos e indiretos. E esse número tende a aumentar, na medida em que a capacidade de recepção de cargas for expandindo.
Juntos, Porto Chibatão, Super Terminais, Aurora Eadi e o Porto de Manaus somam mais de 1,2 milhão de metros quadrados, distribuídos entre área portuária, aduaneira e administrativa.
O maior deles, o ‘Chibatão’, opera em apenas 50% do espaço de 950 mil metros quadrados. De acordo com o diretor comercial do grupo Chibatão, Jhony Fidelis, até o fim do ano, a área será ampliada em 5,2%, passando para 1 milhão de metros quadrados.
Além de deter 80% da fatia do mercado, ou seja, de todas as cargas que chegam e saem de Manaus, o Chibatão tem plano ambicioso de investimento. São R$ 80 milhões previstos somente para a compra de equipamentos para melhorar as operações do terminal. “Estamos com o plano de adquirir mais empilhadeiras, balanças rodoviárias, tratores portuários, trollers, além de um guindaste que diminui em 40% o tempo de liberação de mercadorias. Esse equipamento será o primeiro da Região Norte”, ressaltou Fidelis.
O gestor afirma que, mesmo com uma queda de 7,4% sentida na movimentação de cargas no primeiro semestre, influenciada pela retração da atividade industrial, o grupo não pretende recuar nos investimentos. “A característica principal do Porto Chibatão é que o ‘Passarão’ (o proprietário José Ferreira de Oliveira) não aguarda conversas com o governo sobre a situação da economia e da indústria e investe quando acha necessário. Tivemos essa queda, mas é na segunda metade do ano que o mercado começa a aquecer”, destacou.
O ‘Chibatão’ operou no primeiro semestre uma média de 25 mil TEUs (equivalente a 12,5 mil contêineres de 40 pés cada um).
Super Terminais
Apesar de não divulgar índices de crescimento, a direção do Super Terminais informou ter alcançado resultados positivos nos negócios no primeiro semestre de 2012, embora a movimentação de carga tenha sido inferior ao mesmo período do ano passado.
O administrador do porto, Marcello Di Gregório, revelou que o aporte em infraestrutura e maquinários para este ano soma R$ 15 milhões. O gestor confirmou que o investimento será, principalmente, para aumentar a capacidade operacional do terminal.
“A nossa capacidade estática atual é 8 mil TEUs (o equivalente a cerca de 4 mil contêineres de 40 pés) e há perspectiva para aumentar essa capacidade para 10 mil TEUs. Esse projeto está previsto para o ano que vem”, disse o gestor.
Aurora Eadi
Considerado um porto seco (quando se tem permissão para prestação de serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias sob regime aduaneiro), o Aurora Eadi (Estação Aduaneira Interior) se difere dos portos e do aeroporto de Manaus por ter como finalidade armazenar cargas que ficam à disposição da Receita Federal para o processo de desembaraço de importação e exportação.
“Na Aurora Eadi as mercadorias podem ser armazenadas em regime de entreposto, sendo liberadas parcialmente junto à Receita Federal conforme a demanda de cada empresa para fazer frente a sua linha de produção”, explicou o gerente comercial Adílson Costa.
O porto ampliou o faturamento em 15% no primeiro semestre. “Temos previsão de investimento em maquinário para movimentação e armazenagem de cargas. Ampliação e pavimentação de mais um pátio de armazenagem de contêineres da ordem de R$ 3 milhões e aumento na capacidade de 1,2 mil contêineres para 1,6 mil”, disse.
Fonte: d24am
