Segunda, 23 Junho 2025

Em meados da primeira década do século 21 o cenário musical no mundo pop não era dos mais animadores. Passada a euforia com o new rock dos Strokes e cia., as músicas mais tocadas eram hits autotunados, poperôs a la Ibiza e moças boazinhas que se tornaram popozudas de uma hora pra outra. Até que no final de 2006 uma garota inglesa, magrinha, judia e com vozeirão das grandes cantoras negras protestantes de Detroit apareceu para o mundo. Ela olhou pelo pelo retrovisor e trouxe a música do passado para o presente pra nos lembrar que ainda existem talentos que superam a mais apurada tecnologia.

O legado de Amy Winehouse foi ter resgatado a paixão pela música de alma, aquela que vem das entranhas e fala para os nossos corações. Do seu enorme penteado beehive, ela tirou o jazz, a soul music, o ska, o hip hop e criou o seu próprio som, que logo ganhou admiradores do mundo inteiro. Como telespectadores de uma novela, sofríamos após uma nova recaída, a um novo amor fracassado e aos tropeços no palco. O final feliz infelizmente não veio, nossa Amy cansou e partiu. Buscamos conforto no farto colo da doce Adele, mas se a dor até diminuiu, a saudade nunca termina, principalmente a cada performance inédita que surge no YouTube jogando na nossa cara toda a genialidade que o mundo perdeu precocemente.

Mas a cada crise de choro no chão da cozinha, nas lágrimas que caem e secam sozinhas e a cada jogo perdido no amor, a anti-diva Amy revive instantaneamente dentro de nós.

Fonte: C:\ Blah Blah Blog

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