Sexta, 24 Janeiro 2025

A indicação de Leonardo Pereira, vice-presidente da Gol, para a presidência da CVM, anunciada hoje, surpreendeu o mercado.

Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidente da CVM, ressaltou que o nome de Pereira não estava entre os apontados como prováveis sucessores — como o interino Otávio Yazbek e Sérgio Weguelin, superintendente do BNDES.

“É um perfil muito diferente, o que pode ser um sinal de que a CVM vá focar mais no desenvolvimento do mercado”, disse o advogado, que conheceu Pereira quando este promoveu a reestruturação financeira da Net.

“A CVM tem dois papéis aparentemente complexos e contraditórios. Desenvolver mercado e regular. Sendo ele uma pessoa com experiência em empresa, e não como operador do sistema de intermediação, talvez tenha uma visão melhor no sentido de desenvolver o mercado [de capitais brasileiro]”, completou.

O advogado especializado em mercado financeiro Nelson Eizirik também conheceu Pereira na época em que este atuava na Net e, posteriormente na Globopar. “Tive uma boa impressão, mas não o conheço bem, não é um nome conhecido do mercado. Mas tem uma boa formação como executivo”, afirmou.

Alfried Plöger, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto (Abrasca), elogia a escolha, principalmente por conta da situação que Pereira enfrentou em seus mais recentes trabalhos. Enquanto a Net teve dificuldades que levaram à sua venda, da Globo Participações para a América Móvil, de Carlos Slim, a Gol atualmente têm tido problemas com despesas elevadas, que levaram a uma série de demissões.

Para Ricardo Florence, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), a indicação mostra a relevância dos profissionais da área para o mercado.

Procurado, o diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, não foi encontrado para se pronunciar sobre a indicação de Pereira para a autarquia. Já a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) preferiu não comentar sobre o assunto, afirmando que “não comenta nomeações de governo”.

Fonte: Valor Econômico

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