A concessionária Metrô Rio está fazendo obras em túneis e estações por causa do iminente início de operação dos 19 trens comprados na China. Para evitar que as novas composições sofram colisões laterais, sindicalistas e especialistas dizem que as adaptações são necessárias. As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”.
De acordo com a concessionária, os ajustes são apenas para “adequação a padrões internacionais”. No entanto, a discussão é sobre o novo modelo do trem, que é diferente do utilizado no Rio e em São Paulo.
Atualmente, as composições que são usadas são formadas por vagões independentes com tração em todos os eixos. Isso permite total aderência aos trilhos. Já os novos trens chineses são “reboques”, com alguns vagões motorizados e outros que operam sem tração. Nesse caso, mais leves, têm aderência menor e a tendência é movimento lateral maior.
“É mais ou menos como um carro de tração 4×4: tem dois eixos que funcionam como peso, chamado peso aderente. Isso faz com que ele possa sair de situações mais adversas e possa usar toda a potência do motor”, explicou o professor de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) Hostílio Ratton Neto. “Quando você só tem dois eixos, você não pode usar toda a potência do carro porque o peso aderente é bem menor. É o que talvez seja o problema desse sistema”, avaliou.
Fonte: Transporte e Ideias