A chinesa Wuhan Iron & Steel Group (Wisco), negou ontem (4), que tenha desistido de construir uma siderúrgica no valor de US$ 5 bilhões em parceria com o grupo EBX, do bilionário Eike Batista, localizada no porto de Açu, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Na negociação, ficou acertado que a EBX deterá 30% do controle da usina, e o grupo chinês ficará com os 70% restantes.
A príncipio a usina terá a capacidade de produção no montante de 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, podendo ser considerado o maior investimento da China no Brasil. "Não há desistência e as duas partes ainda estão trabalhando no projeto", afirmou um porta-voz da Wisco. O porta-voz também não informou em que estágio está o projeto atualmente. Segundo o cronograma inicial, o começo da produção estava previsto para 2012.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio, Júlio Bueno, a usina foi criada sob as perspectivas de dobrar sua produção nos próximos anos. Ainda conforme o secretário, os parceiros pretendem iniciar as obras daqui a dois ou três anos. "Em um ano, a gente deve começar a ver a construção crescer", disse Bueno.
O anúncio da desistência veio do jornal 21st Century Business, o qual citou na véspera "duas fontes afirmando que a Wuhan Steel havia desistido do plano depois que uma série de estudos de viabilidade determinou que o projeto era muito arriscado por conta de questões envolvendo logística, transporte e oferta de carvão coque".
"Isso marca uma nova fase das relações entre Brasil e China. Na realidade, as relações entre os dois países eram comerciais e não de investimentos. Agora, efetivamente temos um grande investimento chinês sendo feito no País, disse Júlio Bueno.
Tombo nas ações
Os efeitos colaterais da queda do grupo EBX na Bovespa, começaram a surgir nesta semana. O prejuízo acumulado pela empresa na Bolsa foi de 40%, na semana passada. Nesta quarta-feira, a Standard & Poor’s divulgou a decisão de manter as notas da OGX, mesmo com a baixa expectativa de produção no campo de Tubarão Azul, que é de apenas um terço do esperado pelo mercado.
Fonte: A Mídia do Petroleo