Quinta, 23 Janeiro 2025

O Sepetiba Tecon, terminal de contêineres do grupo CSN, localizado no porto de Itaguaí (RJ), vai investir cerca de US$ 130 milhões, a partir dos próximos dias, em equipamentos e obras de adequação de seu cais acostável. Com isso, seu cais contínuo passará dos atuais 540 metros para 810 metros, e a capacidade de operação de contêineres irá subir dos atuais 400 mil para cerca de 900 mil TEUs. Em 2011, o terminal operou 320 mil TEUs (contêineres de 20 pés ou equivalente, de modo que um contêiner de 40 pés significa dois TEUs) e espera, este ano, expansão de 6%. A obra irá levar 14 meses. A profundidade oficial é de 14,5 metros, mas já foi feita dragagem para 15,5 metros, que apenas aguarda homologação por parte da Marinha.

As informações são do diretor comercial do Sepetiba Tecon, Marcelo Procópio. Além disso, o grupo CSN tem área próxima de 10 milhões de metros quadrados, da qual um espaço de cerca de 800 mil metros quadrados deverá se transformar em um Pólo Logístico Multimodal, pelo qual diversas empresas se instalarão do lado do Sepetiba Tecon, com investimento estimado de US$ 250 milhões.

A par de incertezas da conjuntura global e até de redução de ritmo de crescimento do Brasil, o Sepetiba Tecon tem alguns trunfos. Informa Procópio que o tamanho dos navios porta-contêineres está em alta e isso dá ao terminal excelentes condições de competição. O local já pode receber navios de 8.500 TEUs e está se preparando para operar com navios de 9.400 TEUs. Estima-se ainda que a costa brasileira deva receber navios de 11 mil TEUs já em 2013.

- O país tem diversos portos de águas profundas, mas os situados no Norte/Nordeste estão distanciados da principal área de consumo, que é o Sul/Sudeste, região mais rica do país – disse.

Um dos trunfos do terminal está nos vizinhos, muitos deles com perspectiva de grande demanda de carga. Ao lado do terminal está o estaleiro de submarinos da Marinha/Odebrecht/DCNS que tem recebido cargas pesadas; encontram-se nas proximidades a siderúrgica da Gerdau, Usiminas, LLX, Nuclep e Rolls Royce. A Wartsila negocia a montagem de grupos geradores nas proximidades e a Petrobras tem planos de instalar base nas cercanias. Outro fato especial para o terminal é que movimenta muita carga de transbordo – contêineres destinados a outros portos – o que acaba por atrair novas cargas, por saber que armadores irão freqüentar o porto. Segundo o dirigente, o fim de incentivos de ICMS para outro portos também é motivo de aumento de operações em portos onde não havia incentivo tributário especial, como Itaguaí.

O Sepetiba Tecon começou a operar em 2000 e teve sua primeira linha regular em 2003. No momento, além de contêineres, recebe cargas “de projeto” – equipamentos para grandes obras – trilhos e até barcos de lazer importados. Marcelo Procópio destaca a tendência para que, cada dia, mais cargas passem do transporte em grandes quantidades – a granel – para o contêiner, o que permite operação com sol ou chuva e facilita destinação de menores partidas para clientes específicos. Estão sendo enviados em contêineres cargas como café, algodão, açúcar, grãos em geral, carepa (resíduo oriundo do processo siderúrgico com alto teor de minério), minério de ferro, nióbio, níquel e autopartes. O Sepetiba Tecon dispõe de um terminal de 5 mil metros quadrados para ovação de contêineres de primeira linha, que permite a mistura (“blending”) de até 9 tipos de café, conforme solicitação dos importadores. Em geral, o café vem do Sul de Minas Gerais.

Fonte: Export News

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