Quarta, 22 Janeiro 2025

Os organizadores da Virada Cultural afirmaram que terão de rever no próximo ano o modelo do projeto Chefs na Rua, para evitar que se repitam os problemas ocorridos na madrugada de hoje, quando houve confusão na barraca de Alex Atala.
Na noite de ontem, uma fila de 300 metros se formou no Minhocão, onde estavam as barracas do evento Chefs na Rua, à espera da galinhada de Alex Atala. À meia noite, ao invés de entrarem de 20 em 20 pessoas, como estava previsto, a multidão invadiu o local e houve empurra-empurra. Mauricio Schwartz, da organização do evento, afirmou que todas as pessoas que pegaram uma das 500 senhas que haviam sido distribuídas iriam comer da galinhada. Enquanto a organização buscava uma maneira de vender os pratos, o público vaiava.

"Alta gastronomia é coisa para poucas pessoas. Não era para ser uma atração e virou uma grande atração. A imprensa deu uma superdimensão de evento de massa para um evento que não é de massa. Não dá para repetir essa incompatibilidade no ano que vem, teremos de rever", disse o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, na entrevista de balanço da Virada.

O diretor de programação da Virada, José Mauro Gnaspini, admitiu que o frisson em torno dos chefs pegou a organização de surpresa. "A atenção que isso despertou foi muito maior do que a gente pensava, ainda mais [sendo] nesta semana em que o [restaurante do] Alex [Atala] ganho o título de quarto melhor restaurante do mundo."

Segundo Gnaspini, a multidão que foi ao Minhocão na noite de sábado se concentrar para provar a galinhada de Alex Atala e a sopa de cebola de Erick Jacquin atrapalhou a montagem das barracas. "Tivemos problemas físicos. Tinha tanta gente em cima do Minhocão que não conseguimos conluir a logística a tempo", disse.

Além da confusão na barraca de Atala, Gnaspini disse que houve um atraso de duas horas para conseguir montar a barraca de Erick Jacquin, igualmente por causa da multidão na via elevada.

Ocorrências
Apesar das ocorrências da madrugada --dois baleados, brigas, detidos etc--, o subprefeito da Sé, Nevoral Alves Bucheroni, afirmou que se trataram de "coisas esporádicas, pequenas, tendo em vista o vulto da Virada".

Até as 17h, a Polícia Militar divulgou que 1.200 pessoas foram abordadas na Virada Cultural. Foram registrados oito flagrantes: dois por tráfico de drogas, cinco roubos e um estelionato. Dez pessoas foram presas. Uma arma de fogo e duas armas brancas (não especificadas pela PM) foram apreendidas. Ate o momento, 16 crianças e adolescentes foram apreendidos.

Ainda segundo a PM, apenas uma morte ocorreu durante o evento. O corpo da adolescente de 17 anos, que estava sem documentos, foi encaminhado ao IML. Até às 18h, a identidade da adolescente era ignorada. Na hospital Santa Casa da Misericórrdia, um total de 67 pessoas foram atendidas durante a Vira Cultural.

A maioria pelo excesso de consumo de bebida alcoólica. Permanecem em observação, mas fora de perigo dois adolescentes, vítimas de arma branca, e um policial federal, que foi baleado durante a Virada e deu entrada na Santa Casa no começo da madrugada de domingo.

Não foi feita ainda uma estimativa do público geral da festa, mas os organizadores disseram que não deverá ser menor do que a das duas últimas edições, quando o público foi estimado em quatro milhões.

Fonte: Jornal Floripa

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