Fonte: Brasil 247
247 – Quando a rebelião da base governista começou no Congresso, Fernando Collor (PTB-AL) chamou Dilma Rousseff para ter uma conversa de ex-presidente para presidente. Collor alertou Dilma para a necessidade de dialogar com o Congresso Nacional. “O diálogo precisa ser reaberto. É fundamental que o Planalto ouça esta Casa e ouça a Casa ao lado. E eu falo como ex-presidente que desconheceu a importância do Senado e da Câmara. O desconhecimento resultou no meu impeachment”, disse Collor em aparte ao discurso de despedida da liderança do governo, feito pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Pouco tempo depois, a presidente Dilma recebeu a notícia de que, depois de ameaçarem virar oposição, PTB e PR criaram um novo bloco partidário de apoio ao governo. Quem está por trás dessa formação, segundo o jornalista Claudio Humberto, são os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Alfredo Nascimento (PR-AM).
A aproximação tem o Senado como motivação. A pretensão de Eduardo Braga (PMDB-AM) de presidir a Casa estimulou o inimigo Alfredo Nascimento a apoiar Renan Calheiros (PMDB-AL).
A volta dos partidos à base governista, que deveria ser um motivo de alívio para Dilma, pode se tornar um empecílio mais para frente.
Segundo Claudio Humberto, o líder do governo, Eduardo Braga, e a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foram os últimos a saber da formação do bloco PTB-PR. Renan não admite que deseja presidir o Senado, até porque Dilma o prefere governador de Alagoas, mas a bancada do PMDB o pressiona.