A Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) e o Sindicato dos Trabalhadores do Bloco assinaram, na última terça-feira, em Paranaguá, um acordo coletivo de trabalho com vigência de dois anos e que compreende reajustes salariais e aumento de ofertas de trabalho.
O acordo foi assinado por Airton Vidal Maron, superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, e André César Santos, presidente do Sindicato. “O porto tem batido recordes e está evoluindo, mas isso só é válido quando os trabalhadores estão acompanhando esta evolução, tendo suas condições de vida melhoradas”, afirmou Maron.
Santos também aprovou a medida: “Só temos que agradecer ao governo do estado e à superintendência da Appa, que nos ouviram e atenderam na plenitude nossas reivindicações”, disse.
Além do reajuste salarial, o acordo criou duas fainas (áreas de trabalho) para o Bloco: agora, os trabalhadores da categoria são responsáveis pela limpeza das dalas (correias que transportam os granéis) e por aplicar os jatos de ar nos caminhões que operam no corredor de exportação.
Já no Porto do Açu, mais de 1.400 funcionários que trabalham nas obras do empreendimento, situado em São João da Barra (RJ), entraram em greve nesta semana. Além de reclamar da falta de segurança, eles exigem o pagamento das horas referentes ao deslocamento de casa para o trabalho. Também demandam uma equiparação com os salários que são pagos aos funcionários da obra do Porto Sudeste, da MMX, empresa que também é controlada pelo empresário Eike Batista.
“Há falta de segurança. Continuam morrendo funcionários, o número de acidentes é elevado e a alimentação é péssima. Além disso, os salários não foram equiparados aos do Porto Sudeste, conforme foi prometido, e as horas in itineres (gastas durante o transporte) não são pagas corretamente”, afirmou José Carlos Eulálio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Imobiliários do Norte Fluminense.
Fonte: Guia Marítimo