Fonte: Valor Econômico
O grupo brasileiro Bertin cogitou entrar na disputa pela concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília. Mas a entrega de propostas - marcada para quinta-feira - já foi praticamente descartada pela companhia. "O grupo tem atuação em diferentes setores e é bastante ativo. Neste momento, no entanto, concentramos as atenções nesse acordo com o grupo Atlantia ", disse Alexandre Tujisoki, diretor financeiro do Bertin, em entrevista sobre a parceria com o grupo italiano. Por telefone, ele explicou a jornalistas detalhes da nova sociedade para rodovias - anunciada oficialmente ontem.
Os dois grupos criaram uma joint venture para reunir as respectivas concessões de rodovias numa mesma empresa. Estão envolvidas quatro concessionárias, sendo três do Bertin (Nascentes das Gerais, Rodovias das Colinas e Rodovias do Tietê) e uma da Atlantia (Triângulo do Sol). Como o valor total de ativos cedido pelo grupo brasileiro é superior aos da Atlantia, serão realizados aportes que somam R$ 300 milhões pelo grupo italiano na joint venture formada.
A nova sociedade, com 50% de cada grupo, terá o capital integral de duas holdings a serem criadas. A primeira delas administrará três concessões: Nascentes das Gerais, Rodovias das Colinas e Triângulo do Sol. A outra holding administrará exclusivamente a concessionária Rodovias do Tietê, que têm como sócio o grupo português Aché. "O motivo de duas holdings serem criadas são pequenas diferenças de governança", explica Tujisoki.
A nova sociedade também terá direito de compra de 95% da SPMar - concessionária de um dos principais acessos do Rodoanel, em São Paulo - pertencentes ao Bertin. Em três anos, o investimento por parte da sociedade aplicado nas quatro concessionárias está previsto em R$ 800 milhões, aproximadamente. A previsão é que a sociedade tenha um endividamento líquido ao final de 2012 de R$ 1,62 bilhões.