Segunda, 20 Janeiro 2025

Fonte: Causa Operária Online

Empilhadeiras circulam no meio dos trabalhadores

As empilhadeiras circulam em locais proibidos e o risco de atropelamento é permanente

22 de dezembro de 2011

Os trabalhadores do CTE (Centro de Tratamento de Encomendas) Saúde, na Zona Sul de São Paulo estão correndo sério risco de sofrer acidentes graves. Isso porque, as empilhadeiras circulam em locais proibidos, onde os trabalhadores estão tratando as encomendas.
As empilhadeiras circulam no setor em lugares onde deveriam ser exclusivos para a passagem de pessoas. Obviamente os operadores de empilhadeira são obrigados pela chefia a invadirem local proibido para aumentar a produtividade da empresa.
Um trabalhador, após quase ser atropelado, foi relatar o que havia ocorrido ao gerente da unidade e reclamar que fossem tomadas providências para que aquela situação fosse resolvida.
Para se ter uma ideia do risco, no CTE Jaguaré já ocorreram alguns acidentes. Em um dos casos o trabalhador teve o pé amputado, tamanho o estrago feito pelo atropelamento da empilhadeira.

Chefia autoritária

O gerente Renato Rosa agiu com extrema grosseria e afirmou que “tudo ficaria exatamente do jeito que estava”. Não deu a mínima para a justa reclamação do trabalhador e ainda ameaçou dizendo que daria advertência caso o companheiro fotografasse o local de trabalho.
Apesar do gerente tentar bancar o mandão, a chefia está segurando o quanto pode a ata da CIPA, onde o trabalhador fez a denúncia, evitando ter que mentir, uma vez que pública a reclamação.
O problema das empilhadeiras já persiste há mais de dois anos. Como o setor sofre excessivamente com a falta de funcionários, as empilhadeiras começaram a circular em lugares não permitidos para que o trabalho seja agilizado.
Para manter o serviço em dia, mesmo com o grave problema de defasagem de funcionários, a gerência preferiu colocar em risco a vida dos trabalhadores. Essa situação ocorre nos três turnos do CTE Saúde.
A circulação das empilhadeiras em locais proibidos coloca em risco a segurança tanto de todos os trabalhadores, inclusive, dos operadores de empilhadeira, pois a empresa, em caso de acidente vai tentar jogar a culpa nestes trabalhadores, dizendo que eles estavam trafegando em lugar proibido contra a orientação da chefia. É como diz o ditado: “a corda sempre estoura do lado mais fraco”.
São comuns os casos em que as máquinas têm que frear em cima de alguém e por pouco não ocorre acidente. Os trabalhadores que operam a empilhadeira ficam pressionados entre a exigência da chefia pra que serviço saia rápido e o cuidado redobrado para não atropelar ninguém.
Essa situação ilegal criada pela chefia geral traz um péssimo ambiente dentro da unidade. Os chefes inclusive estão fazendo intriga de que os companheiros que estão denunciando a irregularidade estariam contra os trabalhadores que manipulam as empilhadeiras. Isso é pura intriga da chefia, que quer jogar trabalhador contra trabalhador.
Não adianta a chefia querer fazer intriga, a briga não é entre os trabalhadores, mas contra essa situação extremamente arriscada na qual foram colocados todos os trabalhadores.

Mais um ataque da ECT aos trabalhadores

A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) sabe que essa irregularidade é cometida, mas faz vista grossa. Em novembro, ocorreu a tradicional auditoria da empresa no setor, mas como já era esperado, a presença dos auditores só serviu para aumentar a perseguição aos trabalhadores e não resolveu nenhum problema importante para o funcionário do setor.
Está claro que essa e outras situações de risco, assim como o excesso de serviço nos setores, são consequência da política da ECT para aumentar a exploração dos trabalhadores. A empresa demorou quase três anos para contratar, e agora o número de trabalhadores novos é tão insuficiente que não resolve em nada o problema da falta de funcionários.
Se o problema  não for resolvido imediatamente, a corrente Ecetistas em Luta vai entrar com medidas legais junto às Delegacias Regionais do Trabalho, responsabilizando diretamente a chefia no CTE Saúde e no Jaguaré por esta ilegalidade
óbvia.
- Proibição da circulação de empilhadeiras fora da área de carga e descarga de encomendas;
- Carregamento e descarregamento de encomendas somente com hidráulicos nas áreas de passagem dos OTT’s e carteiros;
- Fiscalização do ministério do Trabalho se as empilhadeiras não pararem de circular nas áreas de passagem;
- Responsabilização dos cipeiros envolvidos, uma vez que é obrigação esclarecer aos trabalhadores que não se pode trabalhar nestas condições e fazer a denúncia na delegacia regional do trabalho, exigindo o fim desta situação de extremo risco aos trabalhadores. É por isso que os cipeiros tem estabilidade no emprego durante o seu mandato e no próximo ano seguinte.

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