Sexta, 13 Junho 2025

Fonte: Valor Econômico

Por Fernando Exman | De Brasília

Aline Massuca/Valor / Aline Massuca/ValorPimentel: no Palácio do Planalto, há receio de que fatos novos surjam

Apesar da crescente preocupação com a onda de denúncias contra o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a presidente Dilma Rousseff deu ontem um sinal claro ao meio político: o auxiliar permanece com prestígio.

Pimentel teve uma série de reuniões com a presidente no Palácio do Planalto, numa demonstração do governo de que o ministro continua tratando dos assuntos de sua Pasta normalmente. Além de manter conversas particulares com a presidente, Pimentel também participou de uma audiência entre Dilma e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Em seguida, marcou presença numa reunião da qual também participaram o chanceler Antonio Patriota, o secretário-executivo e o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, respectivamente Nelson Barbosa e Carlos Cozendey.

Pimentel discutiu com a presidente Dilma Rousseff e seus demais interlocutores, por exemplo, o comércio bilateral com a Argentina e mudanças no regime automotivo. O ministro do Desenvolvimento irá hoje a Buenos Aires para tratar de comércio, integração produtiva e financiamento de investimentos entre os dois países com a ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi. Dilma também viajará à capital da Argentina, onde prestigiará a posse da presidente Cristina Kirchner. A cerimônia será realizada amanhã.

Segundo denúncias publicadas pela imprensa, Pimentel manteve uma consultoria que prestou serviços a empresas com negócios com a Prefeitura de Belo Horizonte. Ex-prefeito da capital mineira, Pimentel é um dos ministros mais próximos a Dilma.

O Palácio do Planalto e aliados de Pimentel acreditam que o ministro é vítima de "fogo amigo", denúncias alimentadas por petistas mineiros insatisfeitos com as articulações do grupo político liderado por Pimentel para que o partido apoie a reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB) e não tenha candidato próprio nas eleições de 2012.

Até agora, dizem auxiliares e interlocutores de Dilma, a presidente demonstrou tranquilidade com a situação do ministro e orientou Pimentel a explicar publicamente todas as denúncias. No Palácio do Planalto, no entanto, há receio de que "fatos novos" surjam devido à aparente disposição da imprensa de continuar explorando o assunto.

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