Fonte: Força Sindical
Até as 11 horas desta quinta-feira (8), 200 trabalhadores protestam na porta da estatal, na Avenida Rodrigues Alves, em Santos
Salários de novembro atrasados e não-fornecimento do vale-transporte há vários meses.
Esses são os dois principais motivos da nova paralisação de advertência de 200 empregados das empreiteiras Lagos Porto e Portal Trilhos, que prestam serviços à Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal federal).
Em 13 de setembro, eles paralisaram as atividades contra os salários atrasados de agosto e também protestaram diante da administradora e autoridade portuária.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) Luiz Carlos de Andrade, lembra que o Ministério do Trabalho e Emprego em Santos já fez duas mesas-redondas com a empresa sobre o assunto.
“Infelizmente”, diz o sindicalista, “os patrões prometem resolver os problemas trabalhistas, diante dos mediadores e auditores do ministério, mas depois não cumprem a palavra”.
Segundo Luiz Carlos, as empreiteiras, contratadas para terraplanagem, obras e manutenção de linhas férreas no porto, além de atrasar os salários, desrespeitam o acordo coletivo de trabalho.
Outros problemas
Em setembro, ele reclamava que, em vez de fornecer vale-refeição diário de R$ 13,44, conforme o acordo coletivo, as empreiteiras distribuíam uma cesta-básica “miserável de R$ 60”. E já atrasavam a entrega do vale-transporte.
O sindicalista reclamava que elas não discriminavam as horas extras nos holerites, não ofereciam convênio médico e não pagavam o imposto sindical, como determina o acordo. Ele reivindicava a retenção da fatura, pela Codesp, para cobertura das dívidas trabalhistas.
“Queremos que as empresas providenciem os espelhos das quitações e dos pagamentos a serem feitos pela Codesp, em função da falta de lastro, conforme o artigo 455 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, pondera ainda hoje sindicalista.