Fonte: Valor Econômico
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou ontem seu levantamento anual dos parlamentares mais influentes no Congresso Nacional. A base aliada ao governo da presidente Dilma Rousseff dominou as primeiras colocações, com sete indicados entre os dez mais votados. Destes, assim como nos dois anos anteriores, quatro são parlamentares do PMDB e três são petistas.
Participaram da votação 65 congressistas, sendo 43 deputados e 22 senadores. Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados, foi considerado o mais influente. Ele era o 46º colocado na lista de 2010, liderada então pelo atual vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), que ocupava o mesmo posto.
Os quatro nomes seguintes são já conhecidos da lista de "cabeças" do Congresso. Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, repetiu a segunda colocação do ano anterior; José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, ganhou o posto que era do ex-senador Arthur Virgilio (PSDB/AM) no ano passado e subiu uma posição; Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, subiu três posições e é o quarto colocado; e Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, repetiu a quinta colocação.
A oposição, ainda que minoritária, cresceu entre os mais influentes, com três representantes entre os dez mais bem colocados este ano - eram dois tanto no ano passado e quanto em 2009. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), foram as novidades, com oitavo e nono lugares respectivamente. Já o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) subiu duas posições e aparece em sexto lugar. Completam as dez primeiras colocações os líderes do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).
Os postos ocupados pelos parlamentares na estrutura do Congresso foram critério decisivo na votação, o que fica evidente pela presença na lista dos presidentes e líderes de governo das duas Casas, bem como de seis líderes partidários.
Apontado como favorito para ser o candidato do PSDB à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (MG) ficou apenas na 11ª colocação, mas à frente dos líderes do PT (Humberto Costa, PE) e do PSDB (Álvaro Dias, PR) no Senado.
No total, 128 parlamentares foram citados, sendo que 49 deles receberam apenas um voto. Estão no grupo dos pouco lembrados pelos colegas o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), Jair Bolsonaro (PP-RJ), o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Gabriel Chalita (PMDB-SP) e o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO).