Domingo, 19 Janeiro 2025

Fonte: Aepet

PETROBRÁS fornece Bolsas de Estudo para estimular formação de novos técnicos para o setor. E para os seus empregados, por quê ela não se dispõe a investir de forma mais enérgica ? Segue análise de um petroleiro do Estado do Ceará e diretor do SINDIPETRO-CE/PI, que busca continuamente uma sociedade mais humana, mais justa, mais piedosa para com os seus filhos e filhas; sobretudo uma sociedade que esteja mais voltada para o mundo do trabalho e para saciar a sede e a fome das famílias. Sem trabalho, não há comida. Sem trabalho e com precariedade nas condições do trabalho, para quem possui local de trabalho, não há base física para as estruturas familiares.

E para os funcionários próprios, por que a empresa não investe mais na formação dos seus recursos humanos ? Atualmente, uma minoria na empresa é contemplada com: MBAs, especializações, mestrado, doutorado, etc.

Estamos em Campanha Salarial, que inclui as cláusulas sociais, SMS, novas tecnologias, etc.; além das cláusulas econômicas. Infelizmente estas cláusulas sociais, etc., são rediscutidas somente de dois em dois anos. Existem as chamadas "disc ussões" entre os representantes da Companhia e os representantes dos empregados, que são os chamados "Fóruns" de SMS, AMS, etc., mas os avanços são muito limitados. Hoje as novas tecnologias, etc. surgem e alteram em questão de dias, horas e até de minutos. O mundo "gira" e muda rapidamente. Vamos continuar a rediscutir somente de dois em dois anos estas cláusulas ? Há uma necessidade permanente de discutir estes pormenores. As tarefas são gigantescas somente para os diretores dos Sindipetros, das Federações, etc. que são liberados e suas assessorias.

As discussões devem ser, no mínimo, mensais sobre AMS, PETROS, responsabilidade social, SMS, Normas Regulamentadoras, etc. A Companhia, como principal operadora do setro petróleo, gás e biocombustíveis no país, deve investir maciçamente nos seus tale ntos internos. Deve dar condições de seus contratados chegarem a ser funcionários próprios, de carreira. As provas de processo seletivo devem ser mais práticas e deixar de lado muitas teorias que "ferram" os nossos contratados. Só assim podemos dar chances reais de bons contratados cheguem aos quadros da PETROBRÁS.

Por quê há uma desistência razoável e um desestímulo dos futuros profissionais recém-admitidos, logo nos cursos de formação, na Universidade PETROBRÁS (UP) ? Será que o "sonho" inicial vira "pesadelo" já nos cursos de formação ?

Há uma grande diferença entre a teoria e a prática. Nos comerciais institucionais da nossa empresa, vemos um "futuro" grandioso para chamar os jovens e futuros profissionais para a Companhia ou para o ramo petróleo em si. A prática é bem outra. O que vemos hoje é uma busca incessante de resultados, muitos deles "empíricos", e que não refletem em agregação de valor para o negócio petróleo, derivados e gás. Os empregados, especialmente alguns consultores da Companhia, como os do CENPES, estão uma "pilha de nervos", com demandas que são sempre "para ontem". Para ilustrar este fato, recentemente fui copiado em um correio de um consultor do CENPES, que deve trabalhar em "horário administrativo", mas que passou seu correio eletrônico, pasmem, às 01:05 h da manhã.

Sabemos que há um bombardeio incessante da chamada "grande mídia" contra a nossa Companhia. Mesmo assim, se de um lado a PETROBRÁS disputa nos últimos anos o primeiro lugar com a Google e a Microsoft, como a empresa dos "sonhos" dos jovens; por quê a PETROBRÁS não figura nem entre as 100 e nem entre as 150 melhores empresas para se trabalhar em nosso país, segundo as edições da Exame, Você S/A, Época e da Isto É? Será que estes instrumentos da mídia tupiniquim "sorrateiramente" escondem estes números sobre a PETROBRÁS ? Mesmo a COELCE, aqui no Ceará, figura em todas as edições destas pesquisas destes veículos de mídia. Em vários anos, a COELCE ficou entre as 10 melhores empresas para se trabalhar, ao lado de Ambev, Santander, Bradesco, CEMIG, Volvo, etc.

Algumas iniciativas da Companhia são importantes, mas ainda muito tímidas, como: incluir o "E" de Eficiência Energética na sigla "SMES "; a criação do SAF do SMS, de apoio à fiscalização, nos quesitos que dizem respeito à Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Existem outras iniciativas, como a formação e capacitação de gestores e equipes de Estratégia na Sede da empresa. A PETROBRÁS é uma empresa global e deve definir suas estratégias globais diuturnamente. O "pensamento global para agir localmente" deve figurar em todos os integrantes deste gigante chamado PETROBRÁS, não só no pessoal da Estratégia. Dow, Rhodia (do grupo Solvay), DuPont, etc., e outras "majors" dos setores petróleo, químico e petroquímico, investem maciçamente em estratégia e nós não podemos perder o "foco" e o "fio da meada" em um setor que é vital para o desenvolvimento.

Estas são apenas algumas considerações, que podem fazer fluir uma boa discussão sobre o Sistema PETROBRÁS que queremos e que estamos inseridos.

Atenciosamente.

José Carlos Alves de Sousa
Técnico de Operação

Diretor do Sindipetro-CE

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