Fonte: Força Sindical
Por quase um mês os Conferentes de Carga e Descarga do Porto de Itajaí/SC paralisaram as operações depois que a empresa arrendatário do Porto Público, a Holandesa, APM Terminals, não concordou com as exigências do sindicato da categoria.
Os conferentes são responsáveis por controlar a movimentação das embarcações e ocupam o topo da cadeia produtiva e, por isso, a paralisação da categoria atingiu o trabalho dos outros 800 profissionais do porto, um dos principais do país.
O presidente do sindicato dos conferentes, Laerte Miranda Filho, disse que os 54 trabalhadores parados aceitaram redução de 30% no salário (hoje em torno de R$ 6.000), mas exigiram que todos continuassem empregados no regime da CLT. A empresa pretendia efetivar apenas 24.Os conferentes trabalham em sistema de rodízio, vinculados a uma organização do governo federal.
A decisão foi tomada em assembléia pela maioria dos trabalhadores que não conseguiram suportar a pressão feita pelas autoridades e também pela sociedade.
"Vimos na imprensa as autoridades pedindo o fim da greve sem sequer abrir negociações, contabilizando perdas financeiras e culpando os trabalhadores pelos prejuízos, desde que esse tipo de administração se apossou do porto os trabalhadores só vem perdendo direitos e passando pra sociedade Itajaiense uma falsa imagem que os portuários são os vilões da história", revelou o presidente da Força Sindical de SC, Osvaldo Mafra. "A sociedade precisa saber que a culpa da greve é da empresa, que além de difamar e colocar a sociedade contra os trabalhadores conseguiu reduzir os salários dos mesmos".