Domingo, 19 Janeiro 2025

Fonte: Causa Operária Online

Ministério da Educação protocolou pedido de investigação das provas à Polícia Federal. Os alunos do colégio onde o simulado foi aplicado dez dias antes do ENEM serão desclassificados. Até o momento foram divulgados 639 inscritos

28 de outubro de 2011

A informação do MEC até o momento é de que não houve vazamento da prova, mas que o colégio tenha tido acesso as questões pré-teste.

O MEC acionou a Polícia Federal para investigar o caso. O Ministério Público no Ceará, local em que houve a denúncia, recomendará ao MEC a anulação do Enem 2011 em todo o País.

As provas foram aplicadas no último final de semana e é usado como forma de seleção unificada para 83 mil vagas em instituições públicas de ensino superior no país e ainda como forma de ingresso ou acumulação de pontos para o ingresso em universidades privadas e públicas de todo país.

Apesar de ser alardeado como a alternativa ao vestibular, vem apresentando diversos problemas. No último ano houve o roubo da prova e a confirmação da venda de gabaritos, este ano foram verificados diversos problemas na aplicação da prova.

Desde provas com números errados ou faltando questões, até pessoas que postaram fotos e comentários sobre as questões em redes sociais, durante a aplicação da prova.

Em um álbum aberto ao público no Facebook foram publicadas imagens mostrando questões de um simulado do Colégio Christus, de Fortaleza, idênticas a algumas das perguntas do Enem 2011. Os estudantes afirmam que o simulado foi feito cerca de dez dias antes da prova.

Segundo o MEC, das 14 questões divulgadas no Facebook, nove são idênticas às do Enem, uma é similar e as outras quatro não se parecem com as da prova.

Uma das suspeitas é de que foram guardadas as questões do pré-teste. Todas as questões do Enem são testadas previamente em um grupo reduzido de estudantes para determinar o grau de dificuldade. Este pré-teste foi aplicado no ano passado em diferentes Estados, inclusive no Ceará. A escola afirma que existe a possibilidade de que essas questões caiam no domínio público antes da realização oficial do exame e podem compor o banco de dados de professores.

Todos estes escândalos envolvendo o ENEM podem estar associados à tentativa do governo de estabelecê-lo com avaliação para ingresso nas universidades, ou seja, uma nova máfia seria formada. As fundações que hoje lucram muito com estas provas de vestibular não querem um novo funil para o vestibular e deixar o lucro para outras instituições.

A única maneira de garantir o acesso da juventude brasileira à universidade e acabar de vez com esses esquemas que garantem ainda uma arrecadação gigantesca para uma burocracia dos centros de seleção, universidades e membros do próprio governo, é o fim do vestibular e o livre ingresso na universidade com a estatização do ensino pago.

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