Fonte: Assessoria de Imprensa da Codesp
A exposição “A joia do Itatinga, a força do Porto de Santos”, evento que registra a memória da Usina Hidrelétrica de Itatinga, com ênfase nos aspectos histórico, tecnológico e natural do complexo será aberta dia 18 próximo, na Oficina Cultural Pagu, em Santos. O evento tem patrocínio da Codesp e faz parte da programação oficial da Secretaria de Estado da Cultura.
“A exposição visa destacar a importância da preservação da tecnologia presente em Itatinga, reforçando dois conceitos valiosos para as futuras gerações: tratar o patrimônio como algo precioso, uma joia, e estimular o conhecimento sobre a singularidade do complexo”, ressalta a coordenadora do projeto e curadora da exposição, Ana Luisa Howard de Castilho.
O evento apresentará fotos de alguns acervos históricos com imagens da construção e do início de operação da hidrelétrica, além de fotos recentes de Du Zuppani e Nelson Toledo, relacionadas ao patrimônio econômico, industrial e natural da região. A mostra traz ainda algum acervo material pertencente à usina hidrelétrica, representada por meio de algumas peças e de um desenho técnico copiado em linho na Alemanha e em 1905, um exemplar do livro com registros da construção do complexo e um filme da primeira metade do século passado, resgatando a memória tecnológica ainda hoje retratada no próprio patrimônio em operação na hidrelétrica.
A organização realizou também um filme apresentando a região, desde a represa da hidrelétrica até o rio Itapanhaú, com atenção especial na captação de sons naturais característicos da região e da atividade de geração de energia, demonstrando como várias forças constroem a Força do Porto de Santos. Outro destaque é um painel especial, de caráter didático, mostrando as etapas do funcionamento da hidrelétrica.
No texto de abertura da exposição a curadora do projeto destaca os “desafios gigantescos, tendo de transpor mangues, matas e serra íngremes, além do desafio de sanear a região, com o extermínio do mosquito vetor da malária”, bem como da “vila operária, construída para abrigar os trabalhadores da empresa e do parque natural que se formou à sua volta, patrimônio de valor inestimável, hoje exemplo de desenvolvimento sustentável para o país, patrimônio econômico que aos 101 anos, acumulou serviços ao Porto de Santos e sua região estimado em bilhões de reais”.
A usina hidrelétrica de Itatinga foi construída pela Companhia Docas de Santos, para gerar energia elétrica para o Porto de Santos e foi inaugurada em 1910. A CDS, como era chamada, pertencia à família Guinle, do Rio de Janeiro, que a administrou até 1980, quando a gestão do Porto voltou às mãos do Governo Federal.
Passados 101 anos, Itatinga é um caso raro de preservação do patrimônio histórico no Brasil. É um projeto de engenharia que integrou os avanços tecnológicos, a pesquisa científica, a responsabilidade social e muito trabalho.
A abertura da exposição ocorre dia 18 próximo, das 19h30 até as 22h, na Oficina Cultura Pagu, na Praça dos Andradas, sem número, antiga Cadeia Velha, no Centro, em Santos. A visitação aberta ao público ocorre de 19 de outubro a 19 de novembro, das 13h às 22h – de segunda a sexta-feira e, aos sábados, das 9h às 18h.