Sexta, 17 Janeiro 2025
 

Os professores da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (19/9). Os docentes reivindicam o pagamento dos salários atrasados.

Conforme decisão da assembleia realizada em 13 de setembro, a categoria deu um prazo até hoje para que a instituição de ensino quitasse as dívidas, o que não ocorreu. 

A próxima assembleia será nesta quarta-feira (21/9), às 19 horas, na sala dos professores do campus II da Univale (bairro Universitário).


Histórico da situação
Os professores contam com o apoio e a compreensão de todos e esclarece que não é recente a insatisfação com a postura da mantenedora da Universidade, a Fundação Percival Farquar (FPF). No início de abril, aconteceu uma paralisação geral dos professores, pois os salários não eram pagos em dia. A Fundação alegava estar passando por uma crise, justificando não poder honrar com seus compromissos financeiros. Nesse período, foram realizadas várias assembleias e negociações com o intuito de resolver o impasse. Durante esse processo, uma comissão de professores foi constituída pelos próprios docentes da Univale com o objetivo de atuar em conjunto com Sinpro Minas na defesa dos direitos dos trabalhadores.

A pedido do movimento grevista, foi realizada a Assembleia Geral da Fundação para que a mesma prestasse esclarecimentos para os professores e para a comunidade sobre a atual situação da universidade, sobretudo, a financeira. Depois disso, uma nova comissão foi instaurada com a participação de professores, juntamente com o Sinpro Minas e o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (SAAEMG), para fazer estudos e levantar propostas que contribuíssem para solucionar a crise existente.

Diante do impasse, o Ministério Público foi acionado pela comissão e pelo Sinpro Minas. O promotor Leonardo Valadares Cabral se colocou como mediador no princípio das negociações entre os professores e a Fundação. Dessa forma, os professores em assembléia decidiram dar um voto de confiança à mantenedora e suspenderam a greve.

Comissão, sindicatos, Ministério Público e Fundação se reuniram e chegaram a um acordo de como seriam realizados os trabalhos de análise de documentos. Alegando não ter condições de pagar em dia os salários dos meses de maio, junho, julho e agosto, a diretoria da Fundação solicitou que esses meses fossem pagos de forma parcelada. A proposta foi aceita, mas não foi totalmente cumprida, faltando ainda 35% do salário referente a julho para ser pago.

Para agravar a situação, no mês de setembro, a Fundação pagou apenas 50% do salário referente a agosto. Além do mais, o 1/3 de férias referente ao ano de 2010 também está em atraso. Ressalva-se aqui que todos os funcionários da Univale que recebem até R$1.000,00 estão com os salários em dia, com exceção do 1/3 de férias referente a 2010.

Insatisfeitos com a quebra do acordo por parte da Fundação, e certos de que, após os estudos contábeis realizados, há a possibilidade de pagamento em dia por parte da instituição de ensino, os professores tomaram a decisão de paralisar as atividades por tempo indeterminado, caso o pagamento dos atrasados não fosse feito até esta segunda-feira (19/9).

Fonte: Sinpro-MG

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