Por volta das 6h30 da manhã desta segunda-feira (29), um grupo com cerca de 40 pessoas que seria ligado à Força Sindical invadiu a sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo (Stig), no Parque Dom Pedro, região central de São Paulo.
Neste momento, os funcionários conseguem sair, mas são vigiados de perto.
Não foi a primeira vez que isso ocorreu. Antes, uma assembleia da categoria marcada para o último dia 13 não pode ser realizada por conta de agressões e da primeira invasão ao sindicato.
Trabalhadores escolhem CUT – A ação ocorre um dia após a assembleia que definiu as reivindicações e estratégias da categoria para a campanha salarial e referendou a filiação da entidade à CUT.
Segundo Marcio Vasconcelos, presidente do Stig, a invasão foi liderada por uma pessoa identificada como Paulo Rogério. “É um funcionário da Força especialista em invasões e ameaças, que atua para impedir as disputas eleitorais, inclusive com processos de agressão. É uma ferramenta de uso político do senhor Paulo Pereira da Silva (presidente da Força)”, disse, em conversa hoje na sede da Central.
Os diretores do sindicato se reúnem agora com o departamento jurídico e com a CUT para definir as medidas a serem adotadas.
Histórico de ameaças
Desde que definiu se filiar-se à Central Única dos Trabalhadores, a direção do Stig comenta ter sido alvo de ameaças. Na tarde da última quinta-feira (25), uma bomba foi atirada contra a sede da entidade.
Ainda segundo Marcio Vasconcelos, há ameaças de agressão na porta das gráficas por parte de pessoas que seriam ligadas à Força.
Um dos pontos de divergência e que provocou o conflito com a outra central é a cobrança do imposto sindical. Como a CUT, os gráficos acreditam que é o trabalhador quem deve escolher nas assembleias como financiar a organização que o representa. “Quando acabar o imposto sindical, a decisão dos trabalhadores voltará a ser soberana”, acredita Vasconcelos.
Fonte: CUT