Dois bilhões de emprego vão desaparecer no mundo até 2030 - é o que indica o futurista norte-americano, Thomas Frey. Isso porque as máquinas movidas por tecnologia de inteligência artificial devem, nos próximos anos, ganhar ainda mais espaço e seguir revolucionando o mercado de trabalho. Como se adaptar às vagas do futuro? Para o Vice-presidente de Inovação do Instituto Smart City Business America, Cézar Taurion, é preciso já estruturar a transição para as novas carreiras que surgem.
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O especialista abordará o tema durante o Smart City Business Brazil Congress & Expo 2019, em São Paulo - evento que reúne todo o ecossistema de inovações tecnológicas, de costumes ou estilo de vida, que constroem as futuras Cidades Inteligentes e que já influenciam diretamente o desenvolvimento social. “Novas carreiras serão criadas, mas muitas serão descontinuadas, assim como os ascensoristas. Será preciso reciclar esses profissionais para novas funções e o empreendedorismo será fundamental para isso”, comenta Taurion.
A polêmica dos patinetes
Recentemente, a Prefeitura de São Paulo começou a fiscalizar e multar empresas de aluguel de patinetes elétricos devido a falta de cadastramento prévio dos grupos que exploravam o serviço. As companhias, no entanto, alegam que o uso de patinetes já é regulado pelo Código Brasileiro de Trânsito - inclusive com limites de velocidade já estabelecidos e indicações sobre o uso de capacetes.
Para o profissional, não há necessidade de se opor às inovações tecnológicas uma vez que não se trata do fim das vagas de emprego, mas de uma modificação de funções e até da criação de novos postos de trabalho - baseados em inovação e novos hábitos de vida e consumo. O governo também precisa estar pronto para abarcar soluções inovadoras e criar um ambiente propício para uma renovação sustentável do mercado de trabalho - sobretudo nos centros urbanos.
“Para uma cidade se tornar verdadeiramente inteligente é preciso permitir a inovação e não ter certas restrições que hoje ainda surgem, como os patinetes em São Paulo. É preciso permitir que a inovação aconteça e, claro, regular esse serviço mas sem exigir que a regulamentação prévia de algo inovador porque inovação é algo que nunca ninguém fez e, por isso, esse tipo de dinâmica é prejudicial”, opina Taurion.
O Futuro dos Empregos é um dos pilares da discussão sobre Cidades Inteligentes - ou seja, aquelas que utilizam novas tecnologias, modelos e práticas disruptivas para resolver problemas antigos, como o trânsito, segurança pública ou limpeza urbana. O painel sobre o tema acontece no Smart City Business Brazil Congress & Expo 2019, que será realizado entre os dias 22 e 24 de julho no Transamerica Expo Center, em São Paulo.