Sexta, 22 Novembro 2024

Meio Ambiente

Demorou menos de oito meses para a humanidade usar todos os recursos naturais do planeta disponíveis para o ano. Hoje o Planeta Azul entrou no vermelho: é o dia da Sobrecarga da Terra (em inglês, Overshoot Day). Pelo resto do ano, vamos manter o nosso déficit ecológico já que reduziremos nossas reservas e aumentaremos ainda mais a quantidade de CO² produzidos na atmosfera. O cálculo é feito anualmente pela Global Footprint Network, uma organização internacional pela sustentabilidade, parceira global da Rede WWF. Desde 2000, a data surge cada vez mais cedo: de 1º de outubro em 2000 a 19 de agosto em 2014. É uma data sem motivo algum para comemoração. Os custos para a população mundial ultrapassar os limites do planeta se tornam mais evidentes ano após ano e dia após dia. Desmatamento, escassez de água doce, erosão do solo, perda de biodiversidade e o aumento de CO² na nossa atmosfera fazem crescer ainda mais a nossa dívida ecológica e trazem prejuízos humanos e econômicos. Governos que ignorarem os limites dos recursos renováveis no processo de tomada de decisão de políticas públicas podem colocar em risco a performance econômica a longo prazo. “O uso dos recursos naturais acima da capacidade da Terra está se tornando um dos principais desafios do século 21. É um problema tanto ecológico quanto econômico. Países com déficits de recursos e baixa renda são ainda mais vulneráveis. Até mesmo países de renda per capita alta, que tem a vantagem financeira de se bloquearem dos impactos mais diretos da dependência de recursos, precisam saber que uma solução a longo prazo precisa abordar essas dependências antes que se transforme numa situação de crise econômica”, afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network. Hoje, 85% da população mundial vive em países que demandam mais da natureza do que os seus ecossistemas podem renovar. De acordo com os cálculos da GFN, seriam necessários 1,5 planeta para produzir os recursos ecológicos necessários para suportar a atual pegada ecológica mundial (mais informações abaixo). Projeções sobre a população, o uso de energia e a produção de alimentos sugerem que a humanidade vai precisar usufruir da biocapacidade de três planetas bem antes da metade do século. Isso pode ser fisicamente impossível. No caso do Brasil, o consumo médio de recursos ecológicos equivale a 1,6 planeta – bem próximo à média mundial. Mesmo assim, estamos consumindo acima de 50% da capacidade anual do planeta. Para evitar um colapso dos recursos naturais, que são a nossa fonte de sobrevivência, precisamos avaliar e repensar nossos hábitos de consumo. E adotar uma postura mais responsável, de forma que possamos viver de acordo com a capacidade ecológica do planeta. De acordo com a CEO do WWF-Brasil, Maria Cecilia Wey de Brito, todos os setores – sociedade civil, poder público e empresas – precisam estar envolvidos no processo de redução dos impactos. “Temos que entender que tudo isso afeta diretamente o meio ambiente e também a vida das pessoas, de cada um de nós. O cidadão pode fazer a sua parte adotando uma postura crítica e melhorando os seus hábitos de consumo. O poder público, por sua vez, é responsável por planejar e implementar políticas públicas de mitigação, como transporte público menos poluente, instalação de ciclovias e planejamento ambiental. Na outra ponta, as empresas têm o papel de melhorar suas cadeias produtivas e oferecer aos consumidores produtos mais sustentáveis”, explica.Fonte: WWF Brasil

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O Brasil acaba de ganhar mais uma instalação solar: o escritório do Greenpeace em Manaus. Com 48 placas fotovoltaicas e capacidade média de 11,52 kWp, a expectativa é a de que – além do Sol brilhar e iluminar muito esse telhado – sejam gerados cerca de 1000kWh/mês pelo sistema. Este será o primeiro sistema do Estado a estar conectado a rede, sob a resolução 482 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que permite descontos na conta de luz a partir da micro e minigeração de energia.

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O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de S. Paulo (Selur) e a Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) lançam o estudo “Três anos após a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): seus gargalos e superação”.

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Editada em março de 2013, a EUTR (Europe Union Timber regulation), legislação referente à entrada de produtos madeireiros estrangeiros nos países membros da União Europeia, proíbe que madeira extraída de forma ilegal entre no mercado europeu. A lei afirma que os importadores devem ser prudentes e tomar as medidas necessárias para evitar essa contaminação. No entanto, a regulamentação e implementação da lei cabem, individualmente, a cada país membro, e acabam de ser avaliadas pela Comissão Europeia. O resultado foi publicado em um “placar” divulgado essa semana.

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O prazo para que os municípios cumpram a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de acabar com os lixões e armazenar os resíduos sólidos em aterros sanitários terminou, neste sábado (2/8), mas menos da metade deles tem destinação adequada do lixo.

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