Iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para limitar as emissões de carbono no território norte-americano pode pressionar a China a também mudar as suas políticas climáticas. Os dois países são os maiores poluidores do planeta e, ao longo dos anos, se negam a assinar pactos de diminuição drástica de emissão de gases do efeito estufa.
"Este é o tipo de liderança que é altamente necessário", disse Martin Kaiser, diretor de Políticas Climáticas Internacionais do Greenpeace. Ele pondera que a proposta de Obama deveria ter sido duas vezes mais ambiciosa, mas já demonstra que a administração do líder norte-americano quer atacar a sério a questão climática.
Foto: Andy Wong/AP
Garoto chinês anda de bicicleta com muitas usinas poluidoras ao fundo
O plano, anunciado na segunda-feira (03), reduziria as emissões de dióxido de carbono das usinas de energia dos Estados Unidos em 30% até 2030, se calculadas a partir dos níveis emitidos em 2005.
Os governos das principais potências mundiais querem um acordo até o final do próximo ano, em Paris, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. Ao contrário de 1997, quando o Protocolo de Kyoto isentava as nações em desenvolvimento, este acordo deve cobrir todos os países.
Os Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto, acusando a China e utilizando a rejeição do país asiático como uma desculpa fácil para evitar medidas mais duras do mesmo modo.
"A nova iniciativa é um primeiro compromisso firme que coloca os Estados Unidos numa posição negocial séria para as próximas negociações sobre o clima em Paris", disse Georg Zachmann, um perito em 'think tank'.
As informações são da Associated Press.