A recente mudança no comando da Secretaria de Portos (SEP), provocada por rearranjos político-partidários, preocupa o empresário Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional, no que se refere, especificamente, ao projeto Santos 17, que prevê o aprofundamento do acesso aquaviário do porto dos atuais 15 metros para 17 metros. Segundo ele, empresários estabelecidos em Santos (SP) pretendem firmar uma parceria com a pasta para financiar os estudos necessários sobre o aprofundamento do canal de navegação. "Fazer essa dragagem o quanto antes é fundamental para que Santos possa se consolidar como o hub port (porto concentrador de cargas) do continente."
Os canais de Veneza, Itália, têm águas turvas, turbulentas, e há muitos obstáculos submersos, como cabos, canos e tantas outras coisas, que por tantos anos foram jogados por turistas que navegam nas suas famosas gôndolas. Esse cenário subaquático afetou negativamente os ecossistemas de Veneza e seus edifícios, principalmente pela erosão que evolui rapidamente.
Num período de 19 anos, de 1995 a 2014, informa o economista e pesquisador-ferroviarista Antonio Pastori, foram acrescidos à malha ferroviária nacional 2.500km, número ainda insuficiente para um país de dimensões continentais como o Brasil, avalia. Ele defende que o modal ferroviário seja usado de forma mais intensa para o transporte de cargas e de passageiros. Para tanto, a política nacional para o setor deve mudar, classificada por ele como monopolista e concentrador, por isso acredita que a sociedade deve ser chamada a discutir um novo modelo. Pastori apresentou um “inventário” das ferrovias brasileiras em reunião no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), no dia 14 de outubro último, na Capital paulista.
Em recente debate sobre as ferrovias brasileiras, no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), na Capital paulista, o ex-secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, lançou uma questão pertinente aos dias de hoje. Inquiriu ele que o Brasil tem todos os seus portos voltados para o Oceano Atlântico e que, nos tempos atuais, mais e mais o comércio mundial se utiliza de outro oceano, o Índico. Como fazer essa conexão? Ou como tornar o setor portuário, mesmo assim, competitivo?
Os profissionais representados pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) estão preocupados com os rumos ou os trilhos das nossas ferrovias. Para tanto, realizam, nesta quarta-feira (14/10), um debate com o economista Antonio Pastori, pesquisador e entusiasta da utilização do trem como alternativa racional ao transporte dentro das cidades. Pastori fez seu mestrado, em 2005, com o tema o modal ferroviário. Em 2007, ele defendeu a tese de reativação da estrada de ferro Grão-Pará e, juntamente com o Movimento de Preservação Ferroviária (www.trembrasil.org.br). Eles vão tentar responder a pergunta: Ferrovias brasileiras: Quo vadis?. Para onde vão as nossas ferrovias?