As primeiras notícias que circularam nesta segunda-feira (23) era de que as dragas Hang Jun 5002 e Hang Jun 3001, que estão fazendo a dragagem do Rio Itajaí-Açu, pararam no dia 19 último para manutenção. Nesta terça-feira (24), a história, ou melhor, a notícia já era bem outra. E bombástica também.
Numa das salas de debate deste PortoGente, com a pergunta “O que falta ao Porto de Santos para tornar mais competitivos os produtos que por ele passam?”, o internauta que se denomina Roberto Nascimento é irônico na sua crítica ao imobilismo dos portos nacionais, em especial o Porto de Santos, que é a alavanca do sistema portuário do País (ou deveria ser).
Há mais coisas no mar dos portos do Brasil do que frutos do mar e embarcações. As indefinições na atuação de algumas administrações das Companhias Docas sinalizam e denotam interferências indesejáveis e estas provocam distúrbios de gestão que certamente causam prejuízo ao bom funcionamento desses portos. Com portos prejudicados, perdem os exportadores e importadores. O País e seus cidadãos, portanto.
O novo superintendente do Cenep (Centro de Excelência Portuária), Esmeraldo Tarquínio de Campos Neto, assume já querendo criar uma nova função ao Cenep: de “fórum” para discussão da relação capital-trabalho. E os sindicatos portuários já não são para isso?
A indústria automobilística mundial se encontra em apuros. As principais montadoras do planeta correm atrás de financiamentos e de dinheiro público para pagar suas contas. As pequenas, coitadas, tentam encontrar forças para respirar enquanto as fortes águas da crise econômica as afogam em dívidas. Entretanto, é preciso lembrar que grande parte da culpa por esta situação é das próprias montadoras, que se planejaram porcamente para a realidade de uma sociedade que já não precisa e não pode adquirir tantos carros zero quilômetros.