A empresa Subsea 7, multinacional que pretende se instalar em Pontal do Paraná, litoral do estado, para produzir estruturas e dutos submarinos para a Petrobras, sofre uma ação do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná sobre seu Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima). O autor é o Procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira, que entrou com a ação civil pública em 29 de junho passado, na Justiça Federal do Paraná.
Na ação a procuradoria pede que o Ibama conduza o licenciamento ambiental, devido a localização do empreendimento em “área caracterizada pela fragilidade ambiental do ecossistema”, diz o procurador na ação. Também pede a nulidade do licenciamento até então conduzido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Outra medida foi o cancelamento da audiência pública que a Subsea 7 pretendia realizar em 30 de junho. No último dia 26, Ibama e IAP foram intimados pela Justiça Federal. O procurador Oliveira, no momento, não está se manifestando sobre o caso.
A jornalista Vera Gasparetto, do PortoGente, apurou junto ao Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) que a multinacional norueguesa Subsea 7, do ramo de engenharia submarina, planeja construir um complexo industrial no município de Pontal do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões para produzir estruturas e dutos submarinos para a Petrobras. A empresa adquiriu em 2007 uma área de 2,6 mil hectares na entrada da baía de Paranaguá, no litoral do Paraná, e pretende montar tubulações para transporte de petróleo entre poços e plataformas, estruturas com cerca de 1,3 quilômetros de comprimento.
A Subsea 7 direciona suas atividades para a operação, inspeção e manutenção de campos submarinos de gás e óleo. A companhia é líder mundial em construção e engenharia submarina e atua no Brasil há 15 anos. Sua sede fica na Escócia e possui bases de operação no Mar do Norte, Noruega, Ásia, África, Brasil e Golfo do México.