Os estados brasileiros se preparam para encarar, com excelência, o cada vez mais ultramoderno, eficiente e eficaz comércio mundial. Quem entra nesse rol é Rondônia. A segunda maior empresa do mundo em transporte marítimo, a Mediterranean Sphipping Company (MSC), opera há um mês a rota a partir de Porto Velho, que conecta Rondônia com os principais portos do planeta. As operações realizadas superaram todas as expectativas em razão do potencial produtivo do estado.
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A MSC é especializada no transporte de contêineres, possui 475 navios e 200 portos. A infraestrutura possibilita alcançar cinco mil locais em todo o mundo. Toda esta experiência está, agora, focada nas importações e exportações através da hidrovia do Madeira. Segundo o presidente da MSC no Brasil, Elber Alves Justo, as operações pelo rio Madeira se justificam pela redução do custo do frete e de tempo em relação ao Porto de Santos (SP), por exemplo.
A empresa vislumbra na nova rota atender com vantagens Rondônia, Amazonas e Sul do Mato Grosso. A hidrovia do Madeira é vista como estratégica também para os países mais próximos.
Pela hidrovia devem passar madeira, grãos, pescado e carne bovina, entre outros, para mercados como a Europa e Ásia. Por essa via, o frete é mais barato e o tempo é reduzido, segundo o secretário estadual da Agricultura, Evandro Padovani. A madeira produzida em Ariquemes, que é utilizada como dormentes, e atende à malha ferroviária da Inglaterra, também poderá chegar ao seu destino através dos contêineres.
Padovani participou recentemente de negociações com autoridades bolivianas da região do Beni, na fronteira com o Brasil, e destacou que a rota da MSC vai favorecer as operações que os vizinhos pretendem realizar através do rio Madeira.