Representantes de entidades associadas à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), empresários, engenheiros e advogados participaram, no dia 30 último, em Brasília, da última reunião da Comissão de Infraestrutura (COP) da entidade em 2017.
Um dos temas de maior destaque foi o da ação dos órgãos de fiscalização e controle que têm prejudicado o desenvolvimento das obras de infraestrutura. Segundo eles, os órgãos, ao invés de fazerem um aconselhamento, extrapolam suas funções e acabam legislando sobre diversos aspectos da licitação e da execução contratual. “O que o setor quer colocar é uma discussão técnica e também jurídica sobre esse alcance e em que medida isso está auxiliando a destinação final da contratação em obras”, defende o presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge.
Levantamento divulgado em setembro último pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) dá conta de mais de oito mil obras paradas em todo o território nacional por diversos motivos, o que vem provocando um desaquecimento da indústria de construção do País, com reflexos significativos no número de desemprego. Segundo a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), desde 2014 a área já contabiliza a demissão de mais de 50 mil profissionais.
O Brasil precisa se levar mais a sério. A sociedade brasileira precisa entender o que está em jogo: é o futuro nacional com desenvolvimento, ciência, justiça social e soberania. Ou avançamos nesse caminho ou retrocederemos aos tempos de colônia.