Sexta, 29 Novembro 2024

É o que nos diz a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Segundo a entidade, a diferença discrepante entre investimento público e privado nas rodovias brasileiras é um dos pontos identificados pelo estudo Transporte Rodoviário – Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos. O estudo avaliou os investimentos entre os anos de 2004 e 2016 e mostrou que os recursos privados, por quilômetro, representam mais do que o dobro dos públicos.

Em 2013, as concessionárias brasileiras investiram, por quilômetro, o maior montante no período: R$ 447,00 mil. Em 2016, houve redução para R$ 354,46 mil. Ainda assim, o valor é 122,1% maior do que o recebido pelas rodovias federais geridas pela União em 2016: R$ 159,60 mil por km.

O novo estudo da entidade mostra que, desde a década de 1990, o País adotou a alternativa de participação da iniciativa privada no provimento da infraestrutura de transporte via concessões. De 2004 a 2016, foram investidos R$ 49,96 bilhões pelas concessionárias.

Só em 2016, o investimento privado foi de R$ 6,75 bilhões em 19.031 km. Nesse mesmo ano, as rodovias públicas federais receberam R$ 8,61 bilhões para investir em mais que o dobro da extensão, 53.943 km. A análise evolutiva mostra que o volume anual de aportes acompanhou a expansão do programa de concessões rodoviárias. Apesar disso, o valor investido (por km de rodovia concedida), que apresentou incrementos consecutivos entre 2004 e 2013, registrou retração entre 2014 e 2016.

Segundo o estudo, esse resultado se deve, além da crise econômica, às dificuldades enfrentadas pelas novas concessionárias. Entre elas, a CNT destaca o financiamento das obras devido às mudanças na política econômica governamental (principalmente do BNDES).

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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